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Saúde

Cannabis medicinal: Brasil atingiu a marca recorde de 672 mil pacientes em tratamento

Número é 56% superior ao do ano passado segundo dados do anuário produzido pela Kaya Mind

Frasco de óleo de cannabis medicinal ao lado de folha da planta Frasco de óleo de cannabis medicinal ao lado de folha da planta  - Foto: Marco Verch/CC

O Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis medicinal, número recorde e 56% superior ao do ano passado. Os pacientes estão espalhados por aproximadamente 80% dos municípios. Os dados, divulgados na última terça-feira, são do anuário produzido pela Kaya Mind.

Segundo Maria Eugenia Riscala, CEO da empresa Kaya, que abriga a Kaya Mind, há mais de 2.180 produtos de cannabis medicinal, variedade que contempla diversas necessidades. "A expansão da cannabis medicinal é visível no Brasil, não apenas em números, mas na forma como a medicina integra essas opções de tratamento à rotina dos pacientes em todo o país", diz à Agência Brasil.

O segmento movimentou R$ 853 milhões, quantia que supera em 22% a de 2023, de R$ 699 milhões. Em 2021, o montante foi bem inferior, de R$ 144 milhões, passando, no ano seguinte, para R$ 364 milhões. A projeção é de que o faturamento chegue a R$ 1 bilhão em 2025.

À Agência Brasil, o chefe de Inteligência e sócio da Kaya, Thiago Cardoso, afirma que os progressos no campo da regulamentação da cannabis, como a liberação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quanto ao cultivo da planta têm colocado o Brasil em evidência. Este ano, 413 empresas estrangeiras exportaram produtos para o país, o que significou diversificação dos itens nesse mercado.

"Esse avanço permite que mais pacientes encontrem soluções terapêuticas adequadas às suas necessidades e posiciona o Brasil como um mercado competitivo e inovador no cenário global", avalia Cardoso.

Apesar do crescimento, quase metade dos pacientes medicinais (47%) dependem da importação do produto que necessitam e que conseguem mediante prescrição médica devido aos entraves relativos à legalização. O restante recorre a farmácias (31%) e associações (22%), sendo que estas exercem um papel fundamental para quem não tem condições financeiras de cobrir os gastos.

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