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Carnaval: Pina e Pátio de São Pedro, no Recife, recebem desfiles de blocos nesta quinta-feira (18)

Ao todo, sete blocos de pau e corda embelezam momento com cores vibrantes e músicas tradicionais no centro da cidade

Apresentação do Bloco Carnavalesco Misto Flôr da Lira de Olinda foi a primeira da noite, no Pátio de São PedroApresentação do Bloco Carnavalesco Misto Flôr da Lira de Olinda foi a primeira da noite, no Pátio de São Pedro - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Em um evento para "aquecer" a chegada do Carnaval, sete blocos de pau e corda desfilam no Pátio de São Pedro, na área central do Recife, na noite desta quinta-feira (18).

A partir das 19h, se apresentam: Bloco Carnavalesco Misto Flôr da Lira de Olinda, Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos, Bloco Lírico Flores do Paulista, Bloco Compositores e Foliões, Bloco Verde Linho, Bloco Carnavalesco Lírico Com Você no Coração e Bloco Lírico Sempre Feliz.

Acerto de marcha de bloco lírico no Pátio de São Pedro - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de PernambucoPátio de São Pedro, na área central da cidade, ficou iluminado pelo dourado do Bloco Carnavalesco Misto Flôr da Lira de Olinda  | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Membro da coordenação do evento realizado no Pátio de São Pedro, Zezo Oliveira exalta a participação feminina, apresentando recortes temporais. 

“Para os blocos líricos, que é onde a mulher está mais presente, é importante elas reviverem o passado e as alegrias com as músicas antigas, e ao mesmo tempo conhecerem as novas músicas, já se esquentando para o Carnaval do Recife. As pessoas estão sempre querendo criar e construir, e os blocos líricos têm esses espaços”, diz.

Ele também reflete sobre os passos dados para perpetuação da tradição. “Já temos vários blocos infantis, porque está se estimulando a prática para as novas gerações entenderem essa dinâmica”, salienta.

Kátia Calheiros, de 50 anos, se apresenta no Bloco Lírico Flores do Paulista desde o ano de 2020. Nesse período, já pôde comprovar efeitos positivos no corpo e na mente. Ela lista alguns.

Kátia Calheiros reflete sobre sinais da atividade para bem-estar mental | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

“A gente vive do Carnaval. Todas nós temos amor e prazer em manter a tradição pernambucana dos blocos líricos. Você ‘se liga’ numa fantasia, está preocupada com a música… são muitos fatores que agregam você manter sua mente em funcionamento 24 horas. Você dorme e acorda pensando no Carnaval. É diversão e bem-estar, principalmente porque a arte e a música proporcionam isso”, afirma.

Já na vida de Carmelita Carvalho, de 46 anos, os “efeitos” são sentidos, inicialmente, no coração, porque se apresentar nessa época do ano, em cima de uma cadeira de rodas, é como poder recomeçar a sua história.

Carmelita Carvalho esbanja alegria no Pátio de São Pedro, em noite carnavalesca | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

“Fiquei com um problema de saúde e também sofri violência doméstica, e estou aqui viva. São formas de superar. Isso representa a vida”, diz, emocionada.

Ela participa do Bloco Compositores e Foliões, fundado em fevereiro de 2010.

No Pina, na Zona Sul da capital pernambucana, o clima também é festivo. A Nação do Maracatu Porto Rico realiza mais uma edição do "Ensaio Tumaraca", que já faz parte da preparação para o espetáculo "Tumaraca - Encontro de Nações", previsto para acontecer no dia 8 de fevereiro, no Marco Zero, com presença de 700 batuqueiros de 13 Nações e o Olodum, além das participações de Lucas dos Prazeres, Balé Bacnaré, Amaro Freitas e Luna Vitrolira. Na ocasião, os 80 anos de nascimento de Naná Vasconcelos serão homenageados.

Ensaio do TumaracaEvento é realizado tradicionalmente na comunidade do Bode, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Na prévia no Pina, uma das participantes é Maria Júlia Gadêlha, de 17 anos. Ela exalta a cultura local. “É muito importante estar aqui para prestigiar a cultura recifense e a cultura do Bode mesmo. Estou super animada para o Carnaval”, diz.

Maria Júlia Gadêlha, na comunidade do Bode, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife | Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

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