Caruaru é oito vezes mais violenta do que São Paulo
Taxa de homicídios em Caruaru foi de 64 por grupo de 100 mil habitantes
Caruaru, capital cultural do interior de Pernambuco e responsável pela realização do “maior São João do mundo”, notabilizou-se nacionalmente pela sua feira, seguramente a maior do país, pelo seu comércio de confecções, pelo seu prestígio musical e literário, e pela qualidade dos seus homens públicos, muito acima da média estadual. No entanto, virou notícia nacional no último final de semana por um fato que abalou a sua imagem: a violência. Reportagem publicada pela “Folha de São Paulo” (19/11) relata que a “Capital do Agreste” registrou no curso deste ano 64 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes, o que faz dela uma das cidades mais violentas do Brasil. Só para efeito de comparação, São Paulo, Estado mais populoso do país, registrou oito assassinatos por grupo de 100 mil, a menor taxa dentre as 27 unidades da federação. Trata-se de um “troféu” com o qual a prefeita Raquel Lyra não vai querer conviver por muito tempo, daí ter lançado um programa de combate à violência de formato semelhante ao “Pacto pela vida” sob a responsabilidade do coronel Luiz Aureliano. O Governo do Estado está fazendo também a sua parte para tentar reduzir os índices de homicídio na cidade, tendo inaugurado recentemente um batalhão de polícia só para ela. No entanto, se não houver o envolvimento de todos nos combate à criminalidade, todo o esforço neste sentido terá sido em vão.
Simpatia sertaneja
A afirmação do senador Fernando Bezerra (PMDB) de que pretende disputar o governo estadual em 2018 teve grande repercussão no interior, especialmente no Araripe, São Francisco e Sertão Central. O senador tem uma particularidade que o distingue da maioria dos nossos homens públicos: a simpatia. Como dizia o ex-deputado Inácio Valadares Filho, o político pode ter todos os defeitos do mundo, “mas tem que ser simpático”.
Presença > Desde a sua fundação, em 1922, o PCdoB só disputou uma eleição para presidente da República com candidato próprio. Foi em 1945 com o engenheiro Yedo Fiúza, que recebeu 9,7% dos votos válidos. A segunda vez será agora em 2018 com a deputada estadual Manoela D’Ávilla (RS), que já foi considerada a “musa do Congresso”.
Mudança > O PEN (Partido Ecológico Nacional), que passará chamar-se “Patriotas” para abrigar a candidatura de Bolsonaro à Presidência da República, tem novo dirigente em Pernambuco. É o empresário Sílvio Nascimento, ex-apresentador da TV Asa Branca. Ele substituiu o vereador recifense David Muniz.
Nordeste > Geraldo Alckmin (PSDB) não teve sorte com um vice-nordestino (o pernambucano José Jorge) quando disputou a Presidência da República em 2006 contra o então presidente Lula. Mas examina novamente a hipótese de convidar outro político da região para ser seu vice em 2018.
Desarrumação > Caso o PMDB de Pernambuco saia do controle de Raul Henry para o de Fernando Bezerra Coelho, haverá grande desarrumação na Frente Popular de Pernambuco. O vice pode reconsiderar o projeto de candidatura à Câmara Federal e Jarbas Vasconcelos de candidatura ao Senado.
