Casa Zero: primeiro shopping sociocultural do Brasil movimenta rua do Bom Jesus, no Recife
A expectativa é de que, em média, 400 projetos sociais sejam beneficiados com a iniciativa
Com a visita de dezenas de pessoas diariamente, a Casa Zero - primeiro shopping sociocultural do Brasil -, inaugurada no dia 15 de setembro, vem movimentando a rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife. A expectativa é de que, em média, 400 projetos sociais sejam beneficiados com a iniciativa.
Promover cultura, empreendedorismo, criatividade, voluntariado e inovação, negócios e ações sociais. É assim que a Casa Zero é apresentada ao público. Além das iniciativas sociais, o shopping reúne mais de 50 parceiros da iniciativa privada que patrocinaram o espaço, investiram na reforma e aparelharam a casa.
No local, sociedade civil, iniciativas sociais, empresas e poder público podem compartilhar, criar uma rede de relacionamento e usufruir de espaços como biblioteca, sala de aula, auditório, salas de reunião, cozinha gourmet, loja colaborativa e café.
Um dos principais objetivos da iniciativa é o atendimento a comunidades vulneráveis, principalmente a comunidade do Pilar, localizada no Bairro do Recife. Para isso, programas de geração de renda, projetos sociais da cidade com espaços e programação para o cidadão recifense e o turista estão sendo realizados.
Leia também
• Procon PE interdita área de lazer no Shopping Recife onde menina teve cabelo preso em brinquedo
• Programa Caixa de Leitura doa cem livros para escola pública em Nazaré da Mata
• Alternativa à BR-101, Arco Metropolitano está mais perto de sair do papel
De acordo com a líder de comunidade da Casa Zero, Bárbara Cabral, o funcionamento do espaço está sendo muito positivo e superando as expectativas.
“Muitas pessoas se interessaram em vir conhecer a nossa história, entender como a gente funciona, locação de espaços, visitação dos espaços também e conhecer que projetos são esses que fazem parte da nossa rede. Dezenas de pessoas estão passando aqui, a gente tem em torno de 10 voluntários que já vieram contar a nossa história, estamos convidando as pessoas a vir pra cá, ser voluntário e ajudar de alguma forma. Todos os dias, estamos recebendo esse público”, destacou.
Líder de comunidade da Casa Zero, Bárbara Cabral. Foto: Arthur Mota/ Folha de PernambucoAs iniciativas sociais que compõem o ecossistema da Casa Zero já estão promovendo eventos, como um evento dedicado ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, semana passada. "Esta semana, a gente vai falar sobre a parte do Setembro Amarelo, com um evento voltado para o bem-estar e para a saúde emocional”, explicou Bárbara.
Trazer uma maior visibilidade para as iniciativas sociais é um dos pontos principais da iniciativa. “A gente tem diversas salas para que os projetos venham ocupar e trazer capacitações, eventos, falar sobre as temáticas que cada projeto atua, falar sobre a pauta do voluntariado, do empreendedorismo social, da inovação e também trazer muita transformação para a comunidade do Pilar. Isso para a gente é super relevante”, afirmou Bárbara, contando que, atualmente, há cinco funcionários oriundos da comunidade do Pilar: "Com carteira assinada aqui".
Moradora da comunidade do Pilar, Prislaine Bezerra, de 29 anos, trabalha como auxiliar administrativo no local. Mãe solo de dois bebês, ela relata que o emprego chegou em um momento fundamental na sua vida.
“Aqui eu estou aprendendo várias coisas. Eu sempre trabalhei de vendedora no comércio e eu estou tendo essa oportunidade de trabalhar como auxiliar administrativo na recepção. Eu tô podendo conseguir ter uma renda para poder criar os meus filhos, já que eu crio sozinha e, com esse dinheiro. tô conseguindo terminar o meu curso de enfermagem”, disse Prislaine.
Prislaine Bezerra. Foto: Arthur Mota/ Folha de PernambucoPonto de conexão. É assim que Prislaine define a Casa Zero. “Eu super recomendo a Casa Zero. Aqui é onde deixa o seu coração quentinho, aqui é o ponto de conexão. Quem nunca começou do zero? A ideia é que você comece do zero a ver outras pessoas com outros olhares, a querer ajudar, nem que seja quem está à sua volta. A gente aqui quer fazer uma ponte do bem”, acrescentou.
Patrocinadores
Mais 50 empresas da iniciativa privada patrocinaram o espaço. São elas a Neoenergia, Shineray, Recife Outlet, Baterias Moura, Karne Keijo, Descontão, ASPA, Oficina Francisco Brennand, Educação Sem Fronteiras, Ícone, Bem Infinito, Romero Duarte & Arquitetos, Polllyana Marques Arquitetura, Urbano Vitalino Advogados, Oncoexo, MV Sistemas, Grupo Cornélio Brennand, Minha Casa Financiada, Zro Bank, Insole, Accenture, Interne Soluções e Saúde, Casa Cor, Moura Dubeux, Vivix, San Vidro, Iquine, Artes e Pedras, Emfibra, Bia Vidigal, Claudia Cury, Nizan Guanaes, Grupo Cornélio Brennand, Grupo Ricardo Brennand, Brennand Energia, Suape, Evipar, Movimento Atitude PE, Boris Berenstein, Casa Grande Engenharia, DS Play, Nagem, Bortoline e Arbor Cortinas.
@@NOTICIA_GALERIA@@
Veja também
ELN mata quatro soldados na Colômbia em seu primeiro ataque após retomada das negociações
