Um apresentador de rádio de Taiwan e sua esposa foram acusados de receber 2,3 milhões de dólares do exterior (mais de R$ 13 milhões), incluindo da China, para tentar influenciar as eleições e referendos nesta ilha autônoma e democrática.

A procuradoria distrital da cidade de Chiayi, no sul de Taiwan, anunciou a acusação do casal por uma suposta violação da lei contra infiltrações estrangeiras.

Segundo o comunicado, os acusados receberam 74 milhões de dólares taiwaneses entre 2011 e 2023, parte dos quais vieram do escritório do governo chinês responsável por assuntos relacionados à ilha, que Pequim considera parte de seu território.
 

O casal, que pertence a um partido político minoritário em Taiwan defensor da unificação com a China, pode enfrentar uma pena máxima de cinco anos de prisão se for considerado culpado.

A acusação alega que eles usaram textos fornecidos por "forças externas" em programas de rádio e nas redes sociais para influenciar a opinião pública em diversas votações.

Entre outras mensagens, "frequentemente elogiavam" o poderio militar da China para convencer os soldados taiwaneses a "se renderem e desertarem em caso de guerra", disse a promotoria.

Essas atividades também ocorreram durante as eleições presidenciais e parlamentares deste ano, nas quais o governo de Taiwan denunciou campanhas de interferência e O país comunista considera a ilha parte de seu território e, nos últimos anos, intensificou a pressão política, econômica e militar sobre suas autoridades.

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