Casamento comunitário reúne 300 casais no Recife
Evento foi idealizado pela Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) e pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)
Sim. Centenas de vezes sim. Às véspera do Dia dos Namorados e do Dia de Santo Antônio, o “santo casamenteiro”, a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em parceria com a Prefeitura do Recife, Governo do Estado, Cartórios de Registro Civil da Capital e Corregedoria Geral da Justiça de Pernambuco, realizou nesta terça (11) um casamento comunitário.
A celebração aconteceu no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
A iniciativa foi coordenada pelo Núcleo de Conciliação (Nupemec/TJPE). Em um local acostumado a receber eventos esportivos, o dia não foi de disputas.
De adversário, talvez a ansiedade. O troféu já veio de casa, mas trocaria da mão direita para a esquerda. O título foi duplo. A comemoração, coletiva, com familiares, amigos e outros que ali estavam dividindo o mesmo sonho.
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Celebração
A cerimônia foi conduzida pelo juiz Clicério Bezerra, titular da 1ª Vara de Família e Registro Civil da Capital. As inscrições aconteceram um mês antes, de forma gratuita.
Para participar, foi preciso levar a Certidão de Nascimento atualizada em até 90 dias, Certidão de Casamento com Averbação de Divórcio (se divorciado) ou Certidão de Casamento e de Óbito (se viúvo).
Também foi necessário estar com originais de Identidade, CPF ou Carteira de Habilitação, além de comprovante de residência do Recife.
"Sensível ao problema de grande parte da população que não tem condições financeiras de realizar um casamento, o Tribunal de Justiça começou a fazer esses eventos há mais de 10 anos. Fizemos essa cerimônia no Geraldão no ano passado e agora estamos repetindo", afirmou o Coordenador-Geral do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Desembargador Erik Simões.
Também estavam presentes a vice-governadora do Estado, Priscila Krause, e o procurador-geral do Recife, Pedro Pontes.
Inclusão
Ao todo, 300 casais participaram da cerimônia, marcada também pela inclusão e respeito à diversidade.
“A gente com três meses de namoro já estava morando juntas. Daí surgiu a oportunidade do casamento comunitário. Nove meses depois, nós estamos aqui. O próximo passo agora é engravidar”, contou Amanda Magno, ao lado da noiva, Talita Carolina.
“Essa é a realização de um sonho. É um prazer enorme dar mais um passo na nossa união”, comemorou Rafael Antônio, que está há quatro anos com o noivo, e agora marido, João Paulo Ramos.
O casal formado por Luiz Fábio e Stephanie Mirele foi o responsável por abrir a cerimônia. Os noivos entraram acompanhados da filha Sara Luiza, que nasceu cinco dias antes do casamento.
“No dia em que eu conheci Stephanie, já a chamei para morar comigo e disse que a gente ia se casar. Por pouco não adiamos porque nossa filha, que ia nascer no final do mês, nasceu dia 6. Mas é que ela se adiantou para ver o casamento”, brincou o noivo.