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Caso Beatriz: revogado pedido de prisão do ex-funcionário da escola

Advogado do suspeito disse que as investigações não incriminaram Alisson Cunha, ex-funcionário da escola onde a menina morreu

A menina Beatriz Angélica, de 7 anos, foi assassinada em 10 de dezembro de 2015A menina Beatriz Angélica, de 7 anos, foi assassinada em 10 de dezembro de 2015 - Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) revogou o pedido de prisão do suspeito de ter apagado as imagens do circuito interno do colégio particular em Petrolina, no Sertão, onde a menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, de 7 anos, foi encontrada morta com 42 facadas, em dezembro de 2015. Desde dezembro de 2018, quando o pedido de prisão foi feito, Alisson Henrique Carvalho Cunha era considerado foragido.

De acordo com o advogado de defesa de Alisson, Wank Medrado, o TJPE concedeu a revogação da prisão por entender que as investigações não chegaram a nenhum resultado. Em julho deste ano, a polícia chegou a cumprir um mandado de busca na casa dele, mas nada foi encontrado. 

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"A informação de que ele apagou as imagens não procede. A gente até acredita que se realmente apagaram foi algum erro na polícia", falou o advogado em entrevista por telefone. Apesar da revogação do pedido de prisão, o inquérito envolvendo Alisson continua porque o arquivamento depende da conclusão do inquérito policial da morte de Beatriz. "Agora vamos provocar a Justiça para declare a inocência dele", disse Medrado. O TJPE enviou nota dizendo que o processo segue em segredo de justiça.

Por meio de portaria publicada no dia 9 de setembro, o chefe da Polícia Civil, Joselito do Amaral, manteve a delegada Polyanna Neri na presidência do inquérito, com dedicação exclusiva. Além disso, atendendo ao pedido da própria delegada, o documento instituiu uma Força Tarefa composta de mais três delegados e suas respectivas equipes, todos com experiência na investigação de homicídios.

Ainda segundo a Polícia Civil, foi reforçada a equipe de Polyanna Neri, com policiais indicados por ela mesma. "Quanto à investigação, que corre em segredo de justiça, a delegada e a Força Tarefa se pronunciarão apenas na conclusão dos trabalhos", disse a corporação em nota. Já o TJPE informou que o processo segue em segredo de Justiça.

Quem também se pronunciou sobre o caso foi o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora Petrolina, onde aconteceu o crime. Por nota, a instituição disse entender que as declarações, apresentadas pelo advogado do ex-prestador de serviço da unidade escolar e confirmadas pela Justiça, corroboram com informações anteriormente fornecidas pelo colégio, que apontam que foram disponibilizadas todas as imagens, registradas pelo circuito interno de segurança do colégio. "Tais declarações também reforçam o posicionamento sempre assumido pelo colégio, de irrestrita colaboração com as investigações para elucidação do caso Beatriz", disse a nota.

A família de Beatriz Mota trava uma batalha por justiça desde o dia em que a menina foi encontrada morta na escola onde estudava, em Petrolina, sertão de Pernambuco. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas.

Beatriz afastou-se dos pais para beber água e não voltou mais. O corpo foi encontrado cerca de 30 minutos depois. Até hoje, nenhum suspeito do crime foi preso. No mês passado a mãe de Beatriz se reuniu com o governador Paulo Câmara para discutir a federalização das investigações.

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