Brigadeirão: investigadores escutam testemunha que afirma saber motivação da morte de empresário
Equipe da Polícia Civil escutou mais três testemunhas nesta quinta-feira, sobre o caso da morte de Luiz Marcelo Ormond
Nesta quinta-feira, investigadores da 25ª DP (Engenho Novo) ouviram três testemunhas no caso que investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, de 44 anos.
Até o momento, a polícia trabalha com a hipótese de envenenamento e a principal suspeita é a psicóloga Júlia Andrade, de 29 anos, que além de namorar ele, dividia apartamento há cerca de um mês e a mandante do crime seria Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana.
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Uma dessas testemunhas que depôs hoje, afirma saber a motivação da morte do empresário, no entanto, está sofrendo ameaças de familiares da cigana.
A advogada da testemunha também foi ouvida pelos policiais da 25ª DP e informou que assim como a testemunha, está sendo ameaçada, é o que conta a reportagem do RJTV 2ª edição desta quinta-feira.
A terceira pessoa a prestar depoimento foi Victor Ernesto de Souza Chaffi, ex-namorado de Suyany e que chegou a ser preso por receptação por estar na posse do carro de Luiz Marcelo.
De acordo com a polícia, o carro foi entregue por Júlia Andrade. No entanto, ele segue em liberdade após pagar uma fiança de R$ 5mil.
Além dessas três testemunhas, os investigadores também ouviram nesta semana, o depoimento da mãe e do padrasto de Júlia Andrade. O casal se apresentou na delegacia algumas horas antes da psicóloga se entregar acompanhada de sua advogada Hortência Menezes.
Mesmo com a prisão de Júlia e Suyany, a investigação continua, pois os agentes ainda desejam esclarecer algumas questões do caso.
Relembre o caso
Luiz Marcelo Antônio Ormond foi visto pela última vez em 17 de maio. Ele aparece, ao lado de Júlia Andrade, em filmagens de câmeras de segurança do elevador do prédio onde morava com ela, no Engenho Novo, Zona Norte.
O corpo foi encontrado três dias depois, sentado sob um sofá e já em "avançado estado de putrefação".
A polícia suspeita que ela tenha envenenado o namorado com um brigadeirão, fato narrado por Suyany em depoimento.
A suposta cigana disse que Júlia admitiu a ela ter matado Luiz Marcelo com a sobremesa, que tinha mais de 60 comprimidos de um potente analgésico à base de morfina.
"Não tô mais aguentando esse porco, esse nojento" teria dito Júlia a Suyany. No dia 18, a suspeita foi a Araruama entregar a ela o carro de Luiz Marcelo, avaliado em R$ 75 mil, que seria usado para quitar uma parte da dívida de R$ 400 mil.
"Ela (Júlia) me falou: esse carro era dele (Luiz Marcelo). Ele me deu. Eu tô te dando ele por setenta e cinco mil para ir descontando da nossa dívida", disse Suyany à polícia.
Em entrevista ao Fantástico, o delegado Marcos Buss, responsável pelo caso, afirmou que o crime foi motivado por questões econômicas.
— Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união. Então isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada.
Procurada, a defesa de Suyany enviou a seguinte nota: "Factoides criados por um ex-marido que tem histórico de agressão e violência doméstica contra ex esposa ! Que omite rendimentos para não pagar pensão aos filhos menores e que por conseguinte tem interesse na prisão de Suyany objetivando proveito nas ações judiciais que Suyany move contra ele!".