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RIO DE JANEIRO

Caso brigadeirão: namorado de "cigana" viu comprimidos serem moídos e guardados em saquinhos

Suyany Breschak e Júlia Cathermol Pimenta estão presas, suspeitas de envolvimento no assassinato do empresário Luiz Marcelo Ormond

Júlia Cathermol Pimenta e Suyany Breschak: as duas estão presas, suspeitas de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Ormond Júlia Cathermol Pimenta e Suyany Breschak: as duas estão presas, suspeitas de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Ormond  - Foto: Reproduções

O namorado de Suyany Breschak — apontada pela polícia como mandante e arquiteta do assassinato do empresário Luiz Marcelo Ormond — relatou ao "Fantástico", da TV Globo, não saber que a companheira seria capaz "de auxiliar alguém a matar outra pessoa".

Com a suspeita de que a vítima, encontrada morta em seu apartamento no último dia 20, tenha sido envenenada após consumir um brigadeirão "batizado" com comprimidos, o homem afirmou ter visto os medicamentos serem moídos.

Júlia Cathermol Pimenta, namorada do empresário, foi presa na última semana, após se entregar à polícia. Ela teria passado ao menos três dias convivendo com o corpo de Luiz Marcelo no apartamento dele, no Engenho Novo. Já Suyany está presa desde o último dia 28.

 

"Eu vi a Júlia moendo remédio lá em cima da pia lá de casa. Elas pegaram esses pozinhos do remédio que estava virando pó, colocavam tipo num saquinho de sacolé", disse o namorado de Suyany ao "Fantástico".

Segundo ele, após passar o remédio moído para o saquinho, o recipiente recebia um nó e, então, era guardado. Suyany teria dito a ele ainda que "ajudou a Júlia com o negócio de remédios".

Suyany Breschak se apresentava como "cigana" e disse à polícia que Júlia é sua cliente antiga, a quem fazia trabalhos de limpeza, descarrego e banhos. Após a prisão de Júlia na última semana, ocasião em que seus pais prestaram depoimento na delegacia, o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP (Engenho Novo) afirmou ter elementos suficientes para acreditar que Suyany é a mandante do crime.

Quando o corpo de Luiz Marcelo foi encontrado, no dia 20, ele já estava em avançado estado de decomposição. Laudo apontou que ele teria morrido de 3 a 6 dias antes. Nesse período, em que ele já estaria morto, Júlia seguiu vivendo no apartamento, e até frequentando a academia do prédio.

Ao "Fantástico", o namorado de Suyany relatou ainda uma troca de mensagens da suposta cigana com Júlia. "Ela chegou a falar que a Júlia mandou uma mensagem para ela assim: 'Eu vim aqui malhar, estou aqui malhando e ele está lá em cima, mortinho.'"

Segundo ele, as armas de Luiz Marcelo, que desapareceram de sua casa, foram vendidas por Suyany pelo valor de R$ 14 mil.

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