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CASO BRIGADEIRÃO

Caso brigadeirão: suspeita de matar empresário confessou à família ser autora do crime, diz polícia

Psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta se apresentou à polícia. Namorado dela, empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond foi encontrado morto em casa

Luiz Marcelo e Júlia no elevador onde ele foi visto com vida pela última vezLuiz Marcelo e Júlia no elevador onde ele foi visto com vida pela última vez - Foto: Reprodução

Em depoimento à polícia, na noite de terça-feira, a mãe e o padrasto de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, afirmaram que ela lhes confessou ter matado o namorado Luiz Marcelo Antônio Ormond. O corpo do empresário foi encontrado em avançado estado de decomposição no dia 20 de maio, sentado no sofá do apartamento onde morava com Júlia, no Engenho Novo, Zona Norte.

A psicóloga se entregou na 25ªDP às 23h30 de terça-feira, na companhia da advogada. Ela estava em Santa Teresa, bairro no Centro do Rio, e era procurada pela polícia desde o dia 28 de maio, quando foi expedido o mandado de prisão.

Segundo os agentes, Júlia teria envenenado Luiz Marcelo com um brigadeirão no dia 17 de maio, e conviveu com o cadáver por três dias à espera da entrega de um cartão de conta conjunta. Em um primeiro depoimento na delegacia, realizado no dia 22 de maio, Júlia afirmou ter deixado o cartão no apartamento, dizendo que sequer o ativou.

Além de Júlia, Suyany Breschak, que se apresenta como cigana, também está presa, suspeita de ser cúmplice. Ela afirmou fazer trabalhos espirituais para Júlia, que tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. Para quitar parte do valor, a mulher entregou o carro de Luiz Marcelo a Suyany, avaliado em R$ 75 mil. O veículo ainda não foi localizado pela polícia.

Casaco de capuz e máscara
Júlia entrou na 25ª DP com a cabeça baixa, de capuz cinza e máscara no rosto. Ela não quis falar com a imprensa. A suspeita estava acompanhada da advogada Hortência Menezes e do delegado Marcos André Buss. O encontro foi negociado com a polícia, enquanto a mãe e o padrasto de Júlia prestavam depoimento.

"Foi por isso que trouxemos a mãe e o padrasto dela (para a delegacia). Imaginamos que iria ajudar na negociação para ela se entregar" afirmou o investigador.

 

Veja o momento em que suspeita de matar empresário com suposto brigadeirão envenenado chega à 25ª DP

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Vídeo mostra empresário vivo pela última vez
Luiz Marcelo foi visto com vida pela última vez em em 17 de maio deste ano no elevador do prédio onde morava, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Nos dias seguintes, apenas Júlia era vista no prédio. Ela usou o carro do namorado, foi à academia do condomínio para fazer exercícios e, ao receber um cartão de conta conjunta aberta com Luiz Marcelo, deixou o local levando uma mala e uma mochila.

O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado no sofá de seu apartamento, após os vizinhos acionarem a administração do prédio, porque estavam incomodados com o forte cheiro. A porta foi arrombada, e o corpo foi encontrado em adiantado estado de decomposição. A polícia acredita que ele havia morrido na sexta-feira anterior, três dias antes. Durante todo esse tempo, segundo os investigadores, Júlia conviveu com o cadáver do namorado em casa como se nada tivesse acontecido.

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