DECISÃO JUDICIAL

Caso Camaragibe: sete policiais envolvidos na ação são afastados de qualquer função pública

Decisão anterior restringia o afastamento das funções na 2ª Seção do Estado Maior da Polícia Militar e do núcleo da inteligência da corporação

Policiais envolvidos no caso de Camaragibe após prestarem depoimentos na sede do GOEPoliciais envolvidos no caso de Camaragibe após prestarem depoimentos na sede do GOE - Foto: Júnior Soares/Folha de Pernambuco

Uma decisão proferida pela Primeira Vara Criminal da Comarca de Camaragibe do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na segunda-feira (18), afastou sete dos policiais militares investigados por envolvimento no Caso Camaragibe de qualquer função pública

De acordo com a medida judicial, serão afastados os PMs que estão em liberdade provisória com cumprimento de medidas cautelares. Uma decisão anterior já havia definido o afastamento de sete dos acusados de qualquer função na 2ª Seção do Estado Maior da Polícia Militar ou em outro núcleo da inteligência da corporação. 

Além disso, eles também estavam impedidos de serem lotados no 20º Batalhão de Polícia Militar de Pernambuco (20º BPM/PE).

No início do mês, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) oficializou uma denúncia contra 12 policiais militares por participação na chacina que vitimou seis pessoas da mesma família. 

Os agentes da segurança pública foram denunciados pela participação no assassinato (por motivo torpe de vingança e em uma emboscada sem chance de defesa) de três dessas vítimas: Amerson Juliano da Silva, Agata Ayanne da Silva e Apuynã Lucas da Silva.

A lista completa de denunciados é composta pelos seguintes nomes: 

Relembre o caso
A chacina aconteceu depois que um confronto entre policiais e um irmão das vítimas, Alex da Silva Barbosa, conhecido como Alex Samurai, resultou em dois PMs mortos

Além dos quatro irmãos, também foram mortas Maria José Pereira da Silva e Maria Nathália Campelo do Nascimento, mãe e esposa de Alex, respectivamente. De acordo com o MPPE, esses crimes são objeto de outro inquérito.

A chacina deixou mais uma vítima fatal. Grávida de sete meses, a jovem Ana Letícia foi baleada na cabeça durante a busca dos policiais por Alex e faleceu cerca de um mês após o fato. Ainda em coma, a adolescente deu à luz a uma menina, que nasceu prematura. Outro adolescente, de 14 anos, também foi baleado na cabeça pelos policiais mas sobreviveu ao ferimento. 


 

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