Caso Flordelis: psicólogo depõe sobre violência doméstica no 5º dia de julgamento
A pastora e ex-deputada Flordelis é julgada, junto com três filhos e uma neta pela morte do pastor Anderson do Carmo
O quinto dia de julgamento da ex-deputada e pastora Flordelis dos Santos de Souza, três filhos e uma neta começou com o depoimento do psicólogo forense Sidnei Filho. Ele foi convocado pela defesa para fazer uma exposição sobre violência doméstica. Em vídeo divulgado com exclusividade pelo GLOBO no último domingo (6), Flordelis alega que foi agredida pelo marido, assassinado a tiros em 16 de junho de 2019. Ela alega ainda ter sofrido abusos sexuais, alegações refutadas pelo Ministério Público e assistente de acusação.
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A expectativa é de que o júri se estenda pelo fim de semana. Após serem ouvidas todas as testemunhas de defesa, os réus serão interrogados. Em seguida, se iniciam os debates entre acusação e defesa e só então os jurados se reúnem para votar e decidir se os réus são culpados ou inocentes.
A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, do Tribunal do Júri de Niterói, negou pedido feito pela defesa de Flordelis para que o corpo do pastor Anderson fosse exumado. Os advogados fizeram a solicitação em razão da acusação de que os acusados tentaram matar a vítima por envenenamento. Dois laudos feitos pela Polícia Civil e Ministério Público apontam a possibilidade de isso ter ocorrido, mas não conseguem atestar que a vítima tenha sido, de fato, envenenada.
De acordo com uma das advogadas de Flordelis, Janira Rocha, esse pedido já tinha sido feito pelos antigos advogados que defendiam Flordelis, mas também foi negado pela magistrada. Na quinta-feira (10), durante o quarto dia de julgamento, o perito Sami El Jundi, indicado pela defesa, questionou os laudos da investigação, contestando que os envenenamentos tenham ocorrido.