Caso Gisely Kelly: julgamento de empresário réu por matar ex-companheira é adiado pela Justiça
Júri popular estava marcado para esta quinta-feira (21), mas foi adiado para o próximo dia 27
O julgamento do empresário Wilson Campos de Almeida Neto, réu acusado de matar a ex-companheira Gisely Kelly Tavares Santos, em 2017, foi adiado para o próximo dia 27 de novembro. O júri popular estava marcado para a manhã desta quinta-feira (21), mas sofreu o adiamento após decisão da juíza de Direito Maria Segunda Gomes de Lima.
"O júri foi adiado a pedido da defesa do acusado. A juíza de Direito Maria Segunda Gomes de Lima determinou que a sessão do júri acontecerá no dia 27 de novembro, às 9h, na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, localizada no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra", disse o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por meio de nota.
Gisely foi encontrada morta, com um tiro na cabeça, no dia 19 de julho de 2017. Ela estava sem roupa, no banheiro do apartamento, no quarto andar de edifício localizado na Praça do Rosarinho, Zona Norte do Recife. O homem foi preso à época e vai a júri popular sete anos após o feminicídio.
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Relembre o caso
Imagens das câmeras de segurança do edifício onde Gisely foi encontrada mostraram os dois chegando juntos por volta de 1h da madrugada após a comemoração do aniversário dela de 37 anos. Pouco mais de meia hora depois, ele sai sozinho carregando uma bolsa com roupas. A arma pertencia a Wilson e estava dentro de um cofre localizado no apartamento.
À época, em entrevista para a Folha de Pernambuco, a família contou que o crime aconteceu porque Giselly pretendia reatar com o ex-marido.
“Ele tinha um comportamento agressivo, os vizinhos comentavam, a família percebia, e já tinha atirado dentro do prédio em outra situação. Ele teria visto trocas de mensagens no celular dela com o ex-marido, e a perícia reconhece que ela foi assassinada por motivo fútil, sem chance de defesa”, explicou Zenaide Fernanda, prima da vítima.
O empresário Wilson Campos de Almeida Neto, hoje com 48 anos, foi preso em 2017. Ele foi direcionado para o Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.