Caso Henry: advogado diz que decisão do STJ "faz menção exclusiva" a Monique e não atinge Jairinho
Professora teve a prisão preventiva revogada pelo STJ e irá responder processo por torturas e homicídio contra o filho em liberdade
A revogação da prisão preventiva de Monique Medeiros da Costa e Silva, ré por torturas e homicídio contra o filho Henry Borel Medeiros, é “exclusiva” da professora e não atinge seu ex-namorado, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, o Jairinho, frisa Hugo Novais, um dos advogados dela.
A prisão de Monique foi revogada na tarde desta sexta-feira pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
- A decisão do ministro faz menção exclusiva sobre a prisão da Monique, não fala dele - disse Novais, quando perguntado se achava que a decisão favorável à professora poderia beneficiar Jairinho. - E como houve habeas corpus de ofício, ele não chega nem a ser julgado pela turma do STJ, em tese.
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Monique voltou para a cadeia em 29 de junho, por decisão unânime dos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, após ficar quase três meses em prisão domiciliar. Ela havia ganho liberdade em 5 de abril, após decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal, que determinou que a ré fosse monitorada por tornozeleira eletrônica.
Segundo Novais, "todos os dias de Monique na prisão foram muito ruins, mas ela procurava se ocupar com leituras excessivas":
- Lia diversos livros e também recebia muitas informações sobre o seu processo, buscando a esperança de conseguir liberdade. Sempre acreditou no Poder Judiciário.
A soltura de Monique é esperada para este sábado. Procurada pelo GLOBO, a defesa de Jairinho não se manifestou.