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Caso Rodrigo Carvalheira: suspeito passa por audiência de instrução, no Recife

Sessão acontece no Fórum Rodolfo Aureliano, no centro do Recife

Caso Rodrigo Carvalheira, na foto, o réu de camisa branca, sendo encaminhadoCaso Rodrigo Carvalheira, na foto, o réu de camisa branca, sendo encaminhado - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Apontado pelos crimes de estupro e estupro de vulnerável, o empresário Rodrigo Carvalheira, de 34 anos, passa pela primeira audiência de instrução, na 18ª Vara Criminal do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro da Joana Bezerra, no centro do Recife, na manhã desta segunda-feira (15).

Segundo a polícia, até o momento, cinco mulheres procuraram uma delegacia para depor contra o suspeito. Ele teria relação de amizade com as vítimas e os crimes aconteceram nos anos de 2005, 2006, 2009 e dois deles em 2019.

Rodrigo chegou ao fórum por volta das 9h30 da manhã. Ele está preso desde junho, no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Os advogados de defesa não falaram com a imprensa. Questionado sobre qualquer posicionamento, o suspeito se resumiu a dizer que "os humilhados serão exaltados".

Durante a sessão, 16 testemunhas serão ouvidas. Oito serão de defesa. Na acusação, cinco testemunhas vão se pronunciar e três estão na condição de informantes, por terem grau de parentesco com as vítimas.

O modus operandi de Carvalheira, ainda de acordo com a polícia, seria cometer a maioria dos crimes aproveitando momentos de inconsciência das vítimas, o que as tornou vulneráveis.

A dor das vítimas
A irmã de uma das vítimas de Rodrigo Carvalheira, que não será identificada, conversou com a reportagem da Folha de Pernambuco e explicou como está a familiar.

“Ela está passando por um trauma. Acho que ela não vai ficar bem, na verdade. Mas está sendo acompanhada por uma psicóloga que está ajudando-a muito nesse processo. A família também está dando muito apoio, principalmente nas decisões. Denunciar não foi uma atitude fácil, não só para ela quanto para outras mulheres”, pontuou.

Protesto por justiça
Pouco antes da audiência começar, um grupo de mulheres protestou, em frente ao fórum, pedindo justiça pelo caso.

 

Grupo de apoio faz ato de apoio as vítimas do Caso Rodrigo CarvalheiraGrupo de apoio faz ato de apoio as vítimas do Caso Rodrigo Carvalheira. Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A presidente do Instituto Banco Vermelho, Andréa Rodrigues, alega que a manifestação tem como principal objetivo combater a prática da violência contra a mulher e que está é uma temática que precisa ser debatida.

“Precisamos conversar mais sobre isso. A gente, enquanto Instituto Banco Vermelho, levantamos a bandeira do feminicídio zero. Costumamos dizer que o abuso de hoje será o feminicídio de amanhã. Estamos junto com os outros movimentos e com as famílias das vítimas, para reforçar esse nosso grito. Não precisamos e nem devemos ficar caladas”, comentou.

A advogada e líder do Comitê de Combate à Violência Contra a Mulher do Grupo Mulheres do Brasil, Barthira Caldas, as mulheres, de modo geral, não podem se calar quando o assunto é a violência de gênero.

“Não podemos nos calar. Precisamos trazer para as nossas meninas e adolescentes a segurança de sair nas ruas, de fazer amizade e confiabilidade. Hoje, não temos a confiança de termos um amigo, porque temos os nossos direitos e precisamos, muitas vezes, que provar nossa competência. É uma luta grande e nos unimos sempre a essas causas”, declarou.

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