Caso Sperança: segundo dia de júri é interrompido, e julgamento será retomado nesta quinta (7)
De acordo com o juiz Abner Apolinário, presidente da sessão, uma das juradas passou mal; júri retorna já na fase de debates entre acusação e defesa
O segundo dia do julgamento da psicóloga Ana Terezinha Zanforlin Sperança e da advogada Adriana Lima Castro, acusadas de mandar matar o dentista e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Paulo Augusto Sperança, foi encerrado antes das 18h porque uma das juradas passou mal, segundo o juiz que preside a sessão, Abner Apolinário. Sessão será retomada na quinta-feira (7), às 9h, no Fórum Thomaz de Aquino.
Ao longo desta quarta-feira (6), foram colhidos os depoimentos das rés, com a confissão de Ana Terezinha, que era casada com Paulo Augusto.
"Eu errei. Eu fiz parte desse crime, sim. Não vou negar mais. [...] Chega de negar, chega", disse a psicóloga, durante o interrogatório.
Iniciado na última terça-feira (5), o júri já ouviu, além das acusadas, as testemunhas. Entre elas, a delegada Sylvana Lellis.
Leia também
• "Eu fiz parte desse crime. Não vou negar mais", diz Ana Terezinha Zanforlin sobre morte do marido
• Caso Sperança: julgamento do assassinato do professor de odontologia segue nesta quarta (6)
Ainda de acordo com Apolinário, no terceiro dia do júri terá início a fase de debates entre acusação e defesa, que deve se estender até a noite. "A rigor, serão nove horas de debate. Após esse momento, o júri se reúne para deliberar a decisão e na sequência haverá a leitura da sentença", disse o juiz.
Relembre o caso
O crime ocorreu em agosto de 2010. Paulo Augusto foi morto a facadas dentro do consultório psicológico da esposa, no bairro da Torre, Zona Oeste do Recife. O corpo foi encontrado dias depois, dentro do carro dele.
Em 2012, dois homens que mataram o professor e confessaram o crime, Adolfo Berto Soares, de 40 anos; e José Amaro de Souza Filho, de 45 anos, foram condenados a 18 anos de prisão. Ana Terezinha e a advogada Adriana Lima Castro são acusadas de serem as mandantes intelectuais do crime.