Casos de Srag caem em todas as faixas etárias da população adulta brasileira
Eventuais impactos de aumento devido às celebrações de final de ano ainda não são observadas nessa atualização
O novo boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (5), mostra uma queda lenta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em praticamente todas as faixas etárias da população adulta. O fator pode ser atribuído à diminuição de incidência de Srag por Covid-19 nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além da interrupção da tendência de crescimento em outras unidades federativas do país.
Ondez estados ainda apontam para crescimento nas últimas seis semanas, são eles: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins. Em todos esses estados, observa-se crescimento na população adulta, especialmente nas faixas etárias acima dos 60 anos, associado ao aumento de casos de Srag por Covid-19.
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Os pesquisadores afirmam, entretanto, que eventuais impactos do aumento de casos por conta das celebrações de final de ano ainda não seriam observados nessa atualização.
“Caso as exposições das festas realmente gerem impacto, ele só poderá ser observado nos casos associados a internações a partir da próxima semana”, diz Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
O estudo indica queda nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas) no período de 25 a 31 de dezembro de 2022.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,2% para influenza A; 0,1% para influenza B; 11,1% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 78,3% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 0,4% para vírus sincicial respiratório; e 96,1% para Sars-CoV-2.
Nas crianças de 0 a 4 anos, o VSR mantém presença expressiva especialmente em São Paulo, Distrito Federal e nos três estados da região Sul. Também se observa aumento da presença desse vírus nas crianças do Espírito Santo, Minas Gerais e Roraima.