Catar afirma que 'continuam' os esforços para uma nova trégua entre Israel e Hamas
Israel lançou uma ofensiva em Gaza em resposta ao ataque de combatentes do movimento islamista Hamas ao seu território em 7 de outubro
Os esforços de mediação para alcançar um cessar-fogo em Gaza e libertar os reféns israelenses detidos pelo Hamas continuam, apesar dos persistentes bombardeios de Israel, disse o primeiro-ministro do Catar neste domingo (10).
"Os nossos esforços como Estado do Catar, juntamente com os nossos parceiros, continuam. Não vamos desistir", declarou o xeique Mohamed bin Abdulrahman Al Thani no Fórum de Doha, embora tenha acrescentado que os bombardeios contínuos estão "reduzindo" as hipóteses de que seja alcançado.
Israel lançou uma ofensiva em Gaza em resposta ao ataque de combatentes do movimento islamista Hamas ao seu território em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses.
De acordo com o Ministério da Saúde governado pelo Hamas, a ofensiva israelense na Faixa de Gaza causou pelo menos 17.700 mortes, na sua maioria civis e principalmente mulheres e menores de 18 anos de idade.
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O Catar é um mediador fundamental nas negociações que conseguiram estabelecer uma trégua de sete dias, na qual dezenas de reféns feitos pelo Hamas em Israel foram libertados em troca de palestinos presos. Além disso, foi permitida a entrada de ajuda humanitária.
"Vamos continuar, estamos empenhados em libertar os reféns, mas também estamos empenhados em parar a guerra", afirmou o primeiro-ministro do Catar.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, denunciou neste domingo no mesmo fórum a "paralisia" das Nações Unidas face ao conflito e lamentou que o Conselho de Segurança não tenha votado a favor de um cessar-fogo.
O primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohamed Shtayyeh, afirmou que os Estados Unidos devem ser "responsabilizados" pelas mortes de civis em Gaza, após o seu veto à resolução da ONU para uma trégua.
O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, acusou Israel de arrastar a região "para o oceano da morte".
"Israel simplesmente acredita que pode fazê-lo, que não precisa ser responsabilizado", disse ele em Doha.