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Rio de Janeiro

Celular apreendido em casaco de suspeito de morte de médicos passa por perícia

Aparelho estava junto a um dos quatro corpos encontrados e pode ajudar investigadores a esclarecer dinâmica de crimes

O Honda HRV encontrado pelos policiais da DHC com três cadáveres, no Camorim O Honda HRV encontrado pelos policiais da DHC com três cadáveres, no Camorim  - Foto: Reprodução/O Globo

Um aparelho celular encontrado no bolso de um casaco junto a um dos quatro corpos dos suspeitos do triplo homicídio de médicos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, foi encaminhado a perícia da Polícia Civil. Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) acreditam que informações contidas no iPhone preto, como trocas de mensagens e arquivos de mídias, fotos e vídeos, podem ajudar a esclarecer a dinâmica dos crimes.

De acordo com a DHC, o aparelho foi localizado por agentes do Grupo Especial de Local de Crime (GELC) da especializada junto a documentos, como carteiras de habilitação e de plano de saúde, além de uma certidão de casamento. Os materiais apreendidos estavam no casaco de um dos três corpos dentro de um Honda HRV na Rua Abraão Jabor, no Camarim, também na Zona Oeste.

Os policiais civis chegaram até o veículo no fim da noite desta quinta-feira. Segundo os peritos criminais, na mala, havia os cadáveres dos três homens, dois brancos e um pardo, que aparentavam ter 25 anos. Todos estavam de camisas, bermudas e tênis. O HRV teria sido abandonado no local por volta de 22h55 e o seu motorista resgatado por uma motocicleta, de modelo e cor não identificados.

Já na Praça da Gardênia Azul, também na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste, os agentes encontraram um quarto corpo, no início da madrugada desta sexta-feira, dentro do porta-malas de um Toyota Yaris. O homem, que seria Philip Motta Pereira, o Lesk, também apresentava “múltiplos ferimentos provocados por projétil de arma de fogo”.

Como O Globo mostrou, pelo menos dois dos quatro corpos já apresentavam a condição de rigidez muscular generalizada. Segundo especialistas, essa mudança bioquímica provoca esse enrijecimento do corpo de oito a dez horas após a morte, o que demonstraria que os homicídios ocorreram entre dez e 12 horas após a execução dos médicos.

Os cadáveres apresentavam orifícios típicos de ação perfuro-contundente, provocados por disparos de armas de fogo e facadas, nas regiões dorsal, lombar, torácica, epigástrica e flanco direito. Para o perito Nelson Massini, professor titular Medicina Legal da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, as lesões que aparecem nos suspeitos denotariam que eles foram torturados e tiveram os corpos arrastados.

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