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Celulares apreendidos em presídios de Pernambuco viram ferramentas para deficientes visuais

Centro de Recondicionamento de Computadores do Recife recebeu dois mil aparelhos nessa quarta-feira (1º)

Ação é inédita no País e visa promover aprendizado aos jovens e a preservação do meio ambienteAção é inédita no País e visa promover aprendizado aos jovens e a preservação do meio ambiente - Foto: Divulgação/Seres

Dois mil celulares apreendidos em presídios foram entregues ao Centro de Recondicionamento de Computadores do Recife (CRC), no bairro de Dois Irmãos, Zona Norte do Recife. A ação, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), ocorreu nessa quarta-feira (1º). 

Essa foi a terceira remessa de aparelhos apreendidos, totalizando 4.600 celulares entregues e à disposição dos estudantes de cursos de tecnologia em situação de vulnerabilidade social, público assistido pelo Centro.

Na entrega, houve demonstração de como é feita a trituração dos eletrônicos. As placas, baterias e vibra calls são transformados em robôs, bengalas e chapéus sonoros para deficientes visuais, entre outras ferramentas. Já o vidro pode virar luminárias e quadros. 
 

A ação é inédita no País e visa promover aprendizado aos jovens e a preservação do meio ambiente. De janeiro a junho deste ano, foram apreendidos 1.219 celulares em presídios do Estado, 290 a menos do que no mesmo período de 2019, segundo a SJDH. Já no ano passado, as revistas de materiais ilícitos contabilizaram 2.601 aparelhos recolhidos.

“Não podemos ficar com o lixo eletrônico que vem das unidades prisionais, nem comprometer o meio ambiente jogando o resíduo fora. Eu gostaria de não apreender nenhum celular em unidades prisionais, mas como isso ainda acontece, precisamos dar um destino a eles para que não retornem à prisão”, afirma o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

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