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POSICIONAMENTO

Cem dias da Guerra em Gaza ''mancham nossa humanidade comum'', diz ONU

ONU condenou os "ataques horríveis" lançados pelo Hamas e outros grupos contra Israel em 7 de outubro

Soldados israelenses durante operação em al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza Soldados israelenses durante operação em al-Bureij, no centro da Faixa de Gaza  - Foto: Menahem Kahana/AFP

"A morte em massa, a destruição, os deslocamentos, a fome, as perdas e a dor de cem dias de guerra em Gaza mancham nossa humanidade comum", afirmou o chefe da Agência da ONU para os refugiados palestinos (Unrwa), Philippe Lazzarini, neste sábado (13).

"Há cem dias que essa devastação começou, matando e deslocando pessoas em Gaza, após os horrendos ataques realizados pelo Hamas e outros grupos contra pessoas em Israel. Foram cem dias de calvário e ansiedade para os reféns e suas famílias", declarou Lazzarini em um comunicado emitido durante uma visita a Gaza.

O alto funcionário da ONU condenou os "ataques horríveis" lançados pelo Hamas e outros grupos contra Israel em 7 de outubro, nos quais cerca de 1.140 pessoas, em sua maioria civis, perderam a vida, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Durante o ataque, os combatentes islamistas capturaram cerca de 250 pessoas, dos quais 132 ainda estão presos em cativeiro em Gaza. Desses, acredita-se que 25 tenham falecido, segundo as autoridades israelenses.

"Foram 100 dias de calvário e ansiedade para os reféns e suas famílias", disse Lazzarini. Israel respondeu ao ataque do Hamas com uma ofensiva aérea e terrestre contra a Faixa de Gaza.

Os bombardeios israelenses deixaram pelo menos 23.843 mortos até agora, na maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007. Lazzarini afirmou que toda uma geração de crianças está sendo "traumatizada".

"As pessoas vivem em condições desumanas, onde as doenças se propagam, inclusive entre as crianças", denunciou. "Elas vivem o inimaginável, com o relógio avançando rapidamente em direção à fome", alertou.

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