Centenas de denúncias por detenções 'arbitrárias' durante protestos na França
Detenções visavam "quebrar o movimento social" de protesto
Um grupo de advogados anunciou nesta sexta-feira (31) a apresentação de uma centena de denúncias por "prisões e detenções arbitrárias" durante os protestos contra a reforma da Previdência do presidente Emmanuel Macron.
As detenções visavam "quebrar o movimento social" de protesto, segundo os vinte advogados, representados durante uma coletiva de imprensa pelos advogados Coline Bouillon, Aïnoha Pascual, Raphaël Kempf e Alexis Baudelin.
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Desde que Macron anunciou a adoção da reforma por decreto em 16 de março, os protestos se radicalizaram com a queima de contêineres, além de confrontos esporádicos com a polícia.
As forças de segurança detiveram 292 pessoas naquela noite, das quais 283 foram libertadas sem acusações. Entre os detidos estavam dois adolescentes austríacos de viagem a Paris e até um homem que praticava esportes.
Desde então, sindicatos de advogados, magistrados, ONGs de direitos humanos como a Anistia Internacional, partidos de esquerda alertaram contra a ação policial.
"Os atos esporádicos de violência de alguns manifestantes e outros atos condenáveis de outras pessoas durante um protesto não podem justificar o uso excessivo da força", alertou o Conselho da Europa.