Centenas de mulheres protestam na Costa Rica após agressão sexual contra turista
Em uma das faixas, lia-se a frase 'Estar viva não deveria ser uma conquista'
Mais de 200 mulheres protestaram em San José, na quinta-feira (13), contra atos de violência cometidos contra mulheres, como a recente agressão sexual sofrida por uma turista dinamarquesa de 20 anos na cidade caribenha de Puerto Viejo.
"As mulheres deste país dizem não à violência machista e patriarcal que violenta nossos direitos (...) Por isso, hoje, nossa voz se ergue, por todas aquelas que já não podem estar aqui", afirmou a manifestante María Fernanda Quesada.
"Há mulheres que já foram mortas e não estão mais entre nós", acrescentou Quesada durante a atividade, convocada pelo coletivo "Brujas Feministas CR".
Com cartazes e bandeiras, as manifestantes - a maioria vestida de roxo, cor associada à luta feminista - marcharam pelas ruas de San José, parando em frente à sede do Congresso e da Suprema Corte de Justiça.
Em uma das faixas, lia-se a frase "Estar viva não deveria ser uma conquista".
Em paralelo, o grupo "Unidas Talamanca" foi às ruas em Puerto Viejo, onde a jovem dinamarquesa, cujo nome não foi divulgado, foi agredida sexualmente por vários homens, ainda não identificados. O estupro aconteceu na noite de 5 de janeiro, em uma praia da cidade, após embarcar em um veículo de transporte informal.
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De acordo com o Observatório da Violência de Gênero contra a Mulher, ligado ao Poder Judiciário, em 2020, houve 8.941 denúncias por crimes sexuais contra mulheres. Os dados de 2021 ainda não foram publicados.
Segundo o Observatório, em 2021, houve 13 assassinatos que já foram julgados como feminicídios. Outros 37 ainda estão sob investigação. Em 2020, houve 28 feminicídios confirmados.