Saúde

Cerca de 15.000 enfermeiros fazem greve nos EUA

Com faixas que diziam "Pacientes antes dos lucros", grupos de funcionários se reuniram em frente aos alvos da greve: hospitais da de Minessota e Wisconsin

Profissional da enfermagem atende pacienteProfissional da enfermagem atende paciente - Foto: Loic Venance / AFP

Cerca de 15.000 enfermeiros de 16 hospitais de Minnesota e Wisconsin, no norte dos Estados Unidos, iniciaram nesta segunda-feira (12) uma greve de três dias para exigir melhores condições de trabalho e salários mais altos.

Esta é a maior greve de enfermeiros do setor privado no país, afirmou a Associação de Enfermeiros de Minnesota (MNA), organizadora da manifestação.

Com faixas que diziam "Pacientes antes dos lucros", grupos de funcionários se reuniram de madrugada para se manifestar em frente a alguns dos estabelecimentos afetados, conforme mostram fotos e vídeos publicados pela associação.

Um porta-voz confirmou à AFP que o movimento começou no início da manhã e deve durar até quinta-feira, no mesmo horário. Os hospitais, por sua vez, planejam continuar prestando atendimento, ainda que com possíveis interrupções.

O North Memorial Health Hospital, localizado em Robbinsdale, indicou em seu site que é possível que precise fazer "alguns ajustes nos atendimentos e serviços não emergenciais para garantir um nível adequado de pessoal e trabalhar com total segurança durante a greve", mas que, a priori, continuará respeitando consultas e procedimentos já planejados.

"Neste momento, em Minnesota, os enfermeiros estão sobrecarregados, os hospitais estão com falta de pessoal e os pacientes estão sendo mais do que o devido", disse o MNA em comunicado.

O sindicato diz que quer encontrar soluções para os problemas de pessoal, enquanto os gerentes do hospital querem apenas se concentrar nos salários.

Um grupo que representa os hospitais, por sua vez, afirma ter proposto aumentos salariais que variam de 10% a 12% em três anos. As enfermeiras pedem de 27% a 30%.

As duas partes negociam há mais de cinco meses sem chegar a um acordo.

No ano passado, greves ocorreram regularmente nos Estados Unidos com trabalhadores cansados de longas jornadas de trabalho desde o início da pandemia de covid-19, frustrados com os lucros de seus empregadores e o aumento do custo de vida. 

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