Cerca de 30 presos e vários feridos em protestos contra Merino no Peru
Manifestantes se posicionaram contra o novo presidente
Protestos no Peru contra o novo presidente, Manuel Merino, e em apoio ao presidente destituído, Martín Vizcarra, deixaram nesta terça-feira (10) cerca de 30 presos e alguns feridos, informaram a polícia e a imprensa local.
As manifestações ocorreram na área central de Lima, aonde cerca de 600 policiais foram enviados para dispersar os protestos com bombas de gás lacrimogêneo. Várias pessoas foram feridas por projéteis disparados pelos agentes, segundo o portal de notícias IDL Reporteros, que não especificou quantas.
"O que a polícia está fazendo é controlá-los, mas, aparentemente, esses senhores estão cometendo atos violentos", disse o general José Luis Cayas à rádio RPP. Ele acrescentou que a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão e prevenir infecções por coronavírus. Cerca de 30 pessoas foram detidas e levadas a duas delegacias, de acordo com fontes policiais.
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A organização humanitária Anistia Internacional exigiu que "as autoridades peruanas parem imediatamente com a repressão às manifestações e garantam os direitos de todas as pessoas". "A Anistia Internacional recebeu fotos e vídeos que mostram membros da Polícia Nacional exibindo armas de fogo e disparando gás lacrimogêneo e munição contra manifestantes e jornalistas", relatou a organização em comunicado.
Protestos semelhantes foram registrados nas cidades de Arequipa, Trujillo, Cusco, Huaraz, Piura, Moquegua, Loreto, Puno e Huancayo, segundo a mídia peruana.
Merino assumiu como novo presidente em meio a temores do mercado, o que resultou em uma queda de 6,5% da Bolsa de Valores de Lima nesta terça-feira.