Cerca de 50 países pedem à Venezuela na ONU que publique "imediatamente" resultados das eleições
A declaração é apoiada por países como Austrália, Canadá, Bulgária, Espanha, França, Japão, Itália, entre outros
Cerca de 50 de países, entre eles os Estados Unidos e os membros da União Europeia, pediram nesta quinta-feira (12) na ONU às autoridades venezuelanas que publiquem "imediatamente" os resultados das eleições e permitam a "verificação imparcial" dos mesmos.
"Instamos o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a publicar imediatamente os resultados da votação da eleição presidencial de todos os colégios eleitorais e permitir a verificação imparcial dos resultados por observadores independentes, em prol da credibilidade, legitimidade e transparência do processo eleitoral", pediram em uma declaração lida pelo representante do Panamá.
A declaração é apoiada por países como Austrália, Canadá, Bulgária, Espanha, França, Japão, Itália, Marrocos, Paraguai, Portugal, Uruguai, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, entre outros.
Leia também
• EUA sanciona 16 funcionários de Maduro por "fraude eleitoral" na Venezuela
• Venezuela anuncia parceria com MST para produção agrícola e envia indireta ao governo Lula
• Venezuela: manifestantes marcham até embaixada do Brasil para pedir que Lula interceda por presos
Sem ter ainda publicado as atas de votação das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho, as autoridades eleitorais venezuelanas atribuíram a vitória ao presidente Nicolás Maduro, embora a oposição afirme que seu candidato, Edmundo González Urrutia, atualmente exilado na Espanha, seja o vencedor com mais de 60% dos votos.
De acordo com um relatório preliminar de um painel de especialistas da ONU divulgado em 13 de agosto, o CNE "não cumpriu com as medidas básicas de transparência e integridade" e "descumpriu" os prazos estabelecidos.
"É hora de os venezuelanos realizarem negociações construtivas e inclusivas para resolver esse impasse eleitoral e restaurar, pacificamente, as normas democráticas (...) e os desejos dos venezuelanos", diz a declaração.
Além disso, o documento manifesta "grande preocupação" com os abusos e violações aos direitos humanos, como assassinatos, prisões arbitrárias, táticas intimidatórias e falta de garantias para um julgamento justo de opositores.