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Cerca de 700 candidatos às eleições municipais em Israel ocupam cargos essenciais no Exército

Anúncio ocorre em meio a um debate sobre quando realizar o pleito, previsto para 30 de outubro deste ano, mas adiado para 30 de janeiro devido à guerra em Gaza

Soldado israelense durante uma operação militar na cidade palestina de Silwad, perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada Soldado israelense durante uma operação militar na cidade palestina de Silwad, perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia ocupada  - Foto: Abbas Momani/AFP

Quase 4 mil reservistas das Forças Armadas de Israel vão concorrer às eleições municipais de 2024, mas cerca de 700 ocupam posições vitais para o Exército e não devem ser dispensados em um futuro próximo, informou o Estado-Maior de Israel nesta sexta-feira (29).

O anúncio ocorre em meio a um debate sobre quando realizar o pleito, previsto para 30 de outubro deste ano, mas adiado para 30 de janeiro devido à guerra em Gaza. No entanto, estão sendo realizadas discussões sobre um novo adiamento da data para 27 de fevereiro.

A última vez que as eleições foram adiadas foi durante a Guerra do Yom Kippur de 1973.

Em carta enviada ao secretário do governo, Yossi Fuchs, e ao chefe de gabinete do ministro da Defesa, Shahar Katz, o subchefe do Estado-Maior, tenente-coronel Haim Ben Moyal, anunciou nesta sexta que 3.778 reservistas constam entre os candidatos à disputa municipal, dos quais 688 não devem ser dispensados por serem considerados essenciais para o Exército.

Israel bombardeou o sul e o centro de Gaza nesta sexta-feira, quando o Egito receberia uma delegação de alto nível do grupo fundamentalista Hamas para conversações a fim de tentar pôr fim à guerra de quase 12 semanas que devastou o território palestino sitiado.

Os militares israelenses disseram que suas forças "estão ampliando a operação em Khan Yunis", no sul do território costeiro, e que "eliminaram dezenas de terroristas" em toda a Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.

Imagens da AFPTV mostraram fumaça sobre Rafah, perto do Egito, após novos ataques nesta sexta-feira.

Os bombardeios israelenses perto de al-Amal, em Khan Yunis, mataram 41 pessoas nos últimos dois dias, informou a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino na quinta-feira. As vítimas dos repetidos ataques israelenses perto da instalação incluem "pessoas deslocadas em busca de abrigo", disse.

O escritório humanitário da ONU informou que cerca de 100 mil pessoas deslocadas chegaram à cidade de Rafah, já lotada na fronteira sul, nos últimos dias, após a intensificação dos combates em Deir al-Balah e Khan Yunis.

Os combates em Gaza deixaram grande parte do norte do território em ruínas, enquanto a frente de batalha se deslocou cada vez mais para o sul e aumentou as tensões em todo o Oriente Médio.

Israel prometeu destruir o Hamas — classificado de grupo "terrorista" pelos Estados Unidos e pela União Europeia — em retaliação ao ataque de 7 de outubro, que deixou cerca de 1.140 pessoas mortas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números israelenses.

Cerca de 250 reféns também foram feitos durante o ataque, mais da metade dos quais permanecem em cativeiro.

O bombardeio aéreo incessante de Israel e a invasão terrestre em Gaza mataram pelo menos 21.320 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, de acordo com o ministério da saúde de Gaza, governada pelo Hamas.

O Exército israelense afirma que 168 de seus soldados foram mortos em Gaza.

Fontes próximas ao Hamas dizem que um plano de três etapas do Egito prevê cessar-fogo renovável, libertação escalonada de reféns em troca de prisioneiros palestinos em Israel e, por fim, o fim da guerra. (Com AFP)

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