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MUNDO

Chefe da diplomacia da UE pede "cessar fogo imediato" entre Israel e Hezbollah

Israel e o Hezbollah estão em guerra aberta desde o fim de setembro

O Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep BorrellO Alto Representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell - Foto: Genya Savilov / AFP

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borell, pediu, neste domingo (24), durante visita a Beirute, um “cessar-fogo imediato” entre Israel e o movimento libanês Hezbollah.

Israel e o Hezbollah estão em guerra aberta desde o fim de setembro, quando o exército israelense lançou uma campanha de bombardeios contra redutos da milícia pró-iraniana e operações terrestres no sul do Líbano, após quase um ano de hostilidades transfronteiriças.

"Só vemos um caminho possível: um cessar-fogo imediatamente e a plena aplicação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU", que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006, declarou Borell, após se reunir com o presidente do Parlamento libanês , Nabih Berri.
 

A resolução 1701 distribuída também que as tropas libanesas e a força de manutenção da paz na ONU devem ser as únicas forças armadas no sul do país, um dos redutos do Hezbollah.

Ele também exortou Israel a retirar suas tropas do Líbano. "Vim em setembro e esperava que se pudesse impedir uma guerra aberta de Israel contra o Líbano. Dois meses depois, o Líbano está à beira do colapso", assinalou Borrell aos jornalistas.

Ele anunciou, ainda, que a UE estava disposta a fornecer 200 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) ao exército libanês, cuja grande mobilização ao longo da fronteira com Israel constitui um ponto-chave nas negociações de trânsito.

Os Estados Unidos apresentaram às autoridades um plano com 13 pontos, que prevê um cessar-fogo de 60 dias e o destaque do exército no sul do Líbano.

O enviado especial americano, Amos Hochstein, passou no começo da semana ao Líbano e a Israel para tentar obter uma trégua entre os beligerantes, e falou de "novos avanços" nas conversas.

“Devemos pressionar o governo israelense e manter a pressão sobre o Hezbollah para que aceite a proposta americana de cessar-fogo”, disse Borrell.

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