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JUSTIÇA

Chacina de Poção: filho de conselheiro tutelar morto fala em desfecho do caso para "enterrar" pai

"Só vamos parar quando, realmente, a justiça for feita", diz Lindenberg filho 

Homem é filho do conselheiro tutelar Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, morto aos 54 anos de idadeHomem é filho do conselheiro tutelar Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, morto aos 54 anos de idade - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

O desfecho do julgamento do réu acusado de ser o atirador da Chacina de Poção, que entrará em seu segundo dia na manhã desta terça-feira (27), é encarado como o "enterro" das vítimas fatais por Lindenberg Filho, filho de um dos três conselheiros tutelares assassinados, Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, à época com 54 anos.

Além dele, foram mortos os conselheiros José Daniel Farias Monteiro, de 31 anos, e Carmem Lúcia da Silva, de 38. Ana Rita Venâncio, de 62 anos, também foi executada. Ela era a avó materna de Ana Cláudia, uma menina de três anos, que estava no carro e sobreviveu ao episódio. A mandante dos assassinatos é a avó paterna da criança, a oficial de Justiça Bernadete Siqueira Britto de Rocha.

"A gente fez questão de estar aqui, porque há nove anos a gente busca justiça. Desde o início a família vem acompanhando, e nós só vamos parar quando, realmente, a justiça for feita e todo mundo pague por esse crime. É como se a gente ainda não tivesse enterrado o meu pai e os colegas dele, nem dona Ana Rita. A gente acha que, com o término do júri popular, vai conseguir dar o descanso eterno", diz o filho, bastante emocionado. 

Julgamento
O julgamento de Wellington Silvestre dos Santos, também conhecido como “chave de cadeia”, foi suspenso em seu primeiro dia pouco antes das 18h desta segunda-feira (26), com previsão para ser retomado às 9h desta terça-feira (27), no Fórum Thomaz de Aquino Cyrillo Wanderley, no bairro de Santo Antônio, localizado na área central do Recife.

O júri popular é formado por sete mulheres, e Wellington Silvestre senta à cadeira do réu sob a acusação de ter matado a tiros de arma de fogo quatro pessoas dentro do Sítio Cafundó. O crime aconteceu na noite do dia 6 de fevereiro de 2015 no Agreste de Pernambuco.

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