Chanceler alemão e presidente chinês falam sobre '"paz justa" na Ucrânia
Olaf Scholz fez uma visita de três dias à China, visando fortalecer as relações econômicas
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram nesta terça-feira (16) em Pequim e conversaram sobre como alcançar uma “paz justa” na Ucrânia, informou o gabinete do chefe do Governo germânico.
Scholz chegou no domingo (14) à China, acompanhado por uma grande delegação de ministros e empresários. Esta é a segunda vez que ele visita o país desde que assumiu o poder, no fim de 2021.
Antes de Pequim, o chanceler visitou Chongqing, no sudoeste da China, e a capital econômica Xangai.
Uma visita de três dias se concentrou em fortalecer as relações econômicas, mas o gabinete de Scholz afirmou que ele abordou o conflito na Ucrânia durante uma reunião com o presidente Xi Jinping, para encontrar uma maneira de "contribuir mais para uma paz justa na Ucrânia" .
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A respeito da guerra, a China fez apelo ao diálogo, com uma oposição a qualquer utilização de armas nucleares e exigindo o respeito à integridade territorial “de todos os países”.
Pequim, no entanto, nunca condenou publicamente a invasão russa, que começou em fevereiro de 2022, e exige frequentemente que as preocupações de segurança de Moscou em relação a Otan sejam levadas em consideração.
“A guerra de agressão russa na Ucrânia e o armamento da Rússia têm um impacto negativo muito importante na segurança da Europa”, afirmou Scholz a Xi, segundo uma gravação divulgada pela equipe da chanceler.
Xi Jinping é atualmente “indispensável uma cooperação entre grandes potências para lidar com os crescentes riscos e desafios” que a comunidade internacional enfrenta, segundo a televisão estatal chinesa CCTV.
Em relação à Ucrânia, Xi apresentou “quatro princípios” a Scholz para evitar que uma crise fique “fora de controle”, segundo a agência Xinhua.
"É preciso concentrar-se na manutenção da paz e da estabilidade e abster-se de querer tirar proveito de forma egoísta da situação", declarou o presidente chinês, que concluiu que "não se jogou mais lenha na fogueira".