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Clima

Chanceler de Tuvalu se filma com água na cintura para COP26

"A mudança climática e o aumento do nível do mar são riscos mortais e existenciais para Tuvalu e para as nações com atóis", alertou o chanceler Simon Kofe

Simon Kofe, ministro das Relações Exteriores de Tuvalu Simon Kofe, ministro das Relações Exteriores de Tuvalu  - Foto: HANDOUT / MINISTRY OF JUSTICE-COMMS AND FOREIGN AFFAIRS TUVALU / AFP

Simon Kofe, o ministro das Relações Exteriores de Tuvalu, uma pequena ilha polinésia, filmou-se com água até a cintura, em um vídeo dirigido à COP26, para simbolizar o perigo da mudança climática e da elevação do nível dos oceanos. 

"A mudança climática e o aumento do nível do mar são riscos mortais e existenciais para Tuvalu e para as nações com atóis", alertou o chanceler Simon Kofe. "Estamos afundando, mas o mesmo está acontecendo com todos", frisou. 

"E não importa se sentimos os efeitos hoje, como Tuvalu, ou daqui a 100 anos", explicou.

O vídeo começa com uma câmera fechada em Kofe, de terno e gravata, em meio a um fundo azul com as bandeiras de Tuvalu e da ONU. 

"Pedimos a neutralidade mundial do carbono até meados do século", afirma o ministro, em alusão ao objetivo global de equilibrar as emissões e as retenções de gases de efeito estufa até 2050. 

O ministro pede ainda que o mundo se mobilize para conseguir manter o aquecimento do planeta em no máximo +1,5ºC e que as reivindicações dos países mais impactados pela mudanças climática sejam ouvidas e compensadas. 

O capítulo de "perdas e danos" é um dos mais espinhosos nas discussões da COP26. 

"Esperamos que o mundo aja unido", pediu o ministro. 

Depois de sua fala, o câmera abre o ângulo para mostrar o ministro Kofe por inteiro, com água até a cintura, em um ponto da costa de Tuvalu. 

Os quase 200 países reunidos na conferência COP26 em Glasgow devem desenvolver oficialmente o Acordo de Paris sobre o Clima de 2015, comprometendo-se, em princípio, a reforçar suas medidas de combate à mudança climática, em particular a redução das emissões de gases de efeito estufa.

"Não podemos esperar os discursos, se a água sobe", insistiu. 

"Temos que tomar ações ousadas, alternativas, hoje, para garantir que haja um amanhã", frisou.

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