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Chanceleres de China e Rússia se reúnem à margem de encontro ministerial em Laos

O encontro acontece um dia depois que Wang se encontrar com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, na China

 O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi (D), aperta a mão do Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi (D), aperta a mão do Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov - Foto: Tang Chhin Sothy / AFP

Os chanceleres da Rússia e da China se reuniram, nesta quinta-feira (25), e conversaram sobre a construção de "uma nova arquitetura de segurança", informou Moscou, após o encontro que aconteceu a margem da reunião de ministros da Associação Nacional do Sudeste Asiático (Asean), no Laos.

Na reunião, o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, e seu homólogo chinês, Wang Yi, analisaram em "detalhes" temas de cooperação no âmbito da Asean, declarou o ministro russo, em um comunicado publicado após o encontro em Vientiane, na capital de Laos.

Lavrov afirmou que, em um momento em que “alguns países” estão criando “uma aliança estreita” com mecanismos político-militares destinados a minar a segurança e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico, os dois ministros das Relações Exteriores discutiram a construção de “uma nova arquitetura de segurança”.

Wang disse que a China está “pronta para trabalhar com a Rússia para manter a arquitetura de cooperação regional centrada na Asean, aberta e inclusiva” frente a “perturbações e obstáculos externos”, informou a agência estatal chinesa Xinhua.

Lavrov e Wang falaram à margem da reunião ministerial anual dos dez membros da Asean, que começou nesta quinta e durará três dias, com a presença também de ministros das Relações Exteriores que não pertencem ao bloco regional.

O chefe da diplomacia americana, o secretário de Estado Anthony Blinken, tem previsto participar no próximo sábado da reunião ministerial.

O encontro acontece um dia depois que Wang se encontrar com seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, na China.

A China é uma aliada da Rússia e os membros da Otan consideram que Pequim tem um papel “decisivo” para Moscou desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Antes da reunião, Lavrov declarou que a Asean é “um dos elementos essenciais para uma nova ordem multipolar e mais justa”.

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