Chefe da diplomacia chinesa diz que Pequim e Moscou estreitarão relações
Negativa em condenar a invasão levou vários países aliados à Ucrânia a acusar Pequim de favorecer a Rússia
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou nesta quinta-feira (13) que Pequim irá estreitar suas relações estratégicas e de coordenação com a Rússia, em um momento que marca a aproximação destes países aliados desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, no ano passado.
Embora alegue ser uma parte neutra no conflito, a negativa em condenar a invasão levou vários países aliados à Ucrânia a acusar Pequim de favorecer a Rússia.
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Wang Yi se reuniu com o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, às margens da reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na capital da Indonésia.
"Ambas as partes deveriam [...] fortalecer a comunicação e a coordenação estratégica", disse o diplomata chinês em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de seu país.
"China e Rússia se apoiam mutuamente de forma firme para garantir interesses legítimos, continuar o caminho de uma convivência harmoniosa e um desenvolvimento benéfico para ambos", acrescentou.
Wang foi a Jacarta como o representante de Pequim, já que o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, está doente, informou seu ministério nesta quinta-feira.
Lavrov afirmou que Moscou e Pequim mantêm "trocas de alto nível" e que a reunião de março entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, na Rússia, deu um "forte impulso nas relações bilaterais", segundo um comunicado do Ministério Público chinês.
"Temos cada vez mais pontos de interesse e planos de convergência, por isso vejo com otimismo o desenvolvimento futuro", analisou Lavrov.