Chefe da Otan admite divisões sobre adesão da Ucrânia à aliança
Jens Stoltenberg comentou a situação durante um debate em Bruxelas organizado pelo German Marshall Fund
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, admitiu, nesta quarta-feira (24), uma divisão na aliança sobre a possível adesão da Ucrânia.
"Sobre esta questão, existem diferentes pontos de vista dentro da aliança", disse Stoltenberg durante um debate em Bruxelas organizado pelo German Marshall Fund, acrescentando que as decisões na Otan devem necessariamente ser tomadas por consenso.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse no início deste mês que espera, na cúpula de Vilnius, na Lituânia, "uma mensagem muito clara de que estaremos na Otan após a guerra" com a Rússia.
"Ninguém é capaz de dizer exatamente qual será a decisão final na cúpula de Vilnius sobre esta questão", disse Stoltenberg.
"A garantia de segurança final será a adesão à Otan, mas... isso não é algo que acontecerá no meio de uma guerra", acrescentou.
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"A questão é: o que vamos decidir e como vamos abordar a questão da adesão na cúpula de Vilnius? E, como eu disse, é muito cedo para saber", afirmou o secretário-geral.
De acordo com Stoltenberg, quando a guerra na Ucrânia acabar, "precisamos ter certeza de que temos acordos para impedir novas agressões russas. Em parte, fornecendo apoio militar à Ucrânia para ajudá-la a se defender".