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Guerra

Chefe da Otan anuncia acordo para enviar mais equipamentos de defesa antiaérea à Ucrânia

Jens Stoltenberg disse que cada país membro da Otan "decidirá com que o que contribuirá"

Jens Stoltenberg falou, em reunião da Otan, sobre ajuda à Ucrânia Jens Stoltenberg falou, em reunião da Otan, sobre ajuda à Ucrânia  - Foto: Kenzo Tribouillard/AFP

Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiram enviar mais equipamentos de defesa antiaérea para a Ucrânia, em guerra com a Rússia, anunciou nesta sexta-feira (19) o secretário-geral da aliança militar transatlântica, Jens Stoltenberg.

"A Otan fez um inventário das capacidades existentes (...) e há sistemas que podem ser disponibilizados à Ucrânia. Portanto, espero anúncios de mais remessas em breve", disse Stoltenberg.

O alto responsável norueguês fez estas declarações no final de uma reunião por videoconferência do Conselho Otan-Ucrânia, da qual participou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

Nessa reunião virtual, os ministros da Defesa dos países da aliança "concordaram em fornecer mais apoio militar, incluindo defesa antiaérea", que a Ucrânia exige insistentemente para neutralizar os bombardeios russos que se intensificaram novamente nas últimas semanas.

O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, pediu recentemente aos países ocidentais para que transferissem sistemas de defesa antiaérea Patriot de fabricação americana para a Ucrânia.

"Saúdo os esforços da Alemanha, incluindo a recente decisão de entregar um sistema Patriot adicional à Ucrânia. Além do Patriot, há outras armas que os aliados [da Otan] podem fornecer, incluindo o SAM-T", disse Stoltenberg, em referência a sistemas de mísseis terra-ar.

Acrescentou que os países da Otan que não têm "sistemas disponíveis comprometeram-se a fornecer apoio financeiro para os comprá-los para a Ucrânia".

Segundo o chefe da aliança, cada país membro da Otan "decidirá com que o que contribuirá. Mas os ministros reconheceram a urgência e prometeram apoio adicional em um futuro próximo".

"O que posso dizer é que a ajuda está a caminho", reforçou. Zelensky disse na videoconferência que a Ucrânia "não pode esperar" e que precisa de "sete sistemas Patriot adicionais" ou equipamento equivalente, informou a Presidência ucraniana.

"É evidente que, embora a Rússia tenha uma vantagem aérea e possa contar com os seus drones e foguetes, as nossas capacidades no terreno são infelizmente limitadas", acrescentou.

A Ucrânia pede desesperadamente um aumento da ajuda em equipamento militar desde o segundo semestre do ano passado e admite que está ficando sem capacidade operacional em termos de defesa antiaérea, depois de mais de dois anos de resistência à invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.

 

 

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