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Chefe da Otan quer viajar à Turquia por bloqueio da Suécia e Finlândia

Em julho deste ano, os dois países nórdicos apresentaram formalmente seus pedidos de adesão à Otan

Jens Stoltenberg, secretário-geral da OtanJens Stoltenberg, secretário-geral da Otan - Foto: Olivier Douliery / Pool / AFP

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, anunciou nesta quarta-feira (26) sua intenção de viajar para a Turquia para tentar desbloquear a adesão da Suécia e da Finlândia à aliança militar.

Suécia e Finlândia "estão em contato próximo com a Turquia e viajarei à Turquia para encontrar o presidente turco em um futuro próximo", disse Stoltenberg, que não forneceu uma data para essa visita.

Em julho deste ano, Suécia e Finlândia apresentaram formalmente seus pedidos de adesão à Otan, um clube seleto onde o acesso só é possível com o voto unânime de seus países-membros.

A Turquia, porém, imediatamente se opôs a essas adesões e anunciou que só as permitirá se esses dois países cumprissem acordos específicos.

A Turquia alega que a Suécia oferece refúgio a pessoas que o governo turco considera "terroristas" e também os dois países adotam sanções contra Ancara por seu envolvimento militar na Síria.

Na cúpula da Otan realizada em Madri no final de junho, a Turquia concordou em permitir a assinatura dos protocolos da Suécia e da Finlândia, mas apresentou uma lista de exigências aos dois candidatos para levantar definitivamente o veto.

A Hungria é outro dos países da Otan que atrasam a ratificação formal da adesão da Suécia e da Finlândia à aliança militar transatlântica.

Segundo Stoltenberg, esse processo de ratificação "está na agenda do parlamento húngaro".

Há uma semana, o novo primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kirstersson, também disse que estava disposto a viajar para a Turquia em um esforço para romper o bloqueio turco à adesão à Otan.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou estar pronto para receber a visita do primeiro-ministro sueco, mas alertou que seu país não ratificará a adesão se os acordos não forem cumpridos.

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