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Venezuela

Chefe de segurança da líder opositora da Venezuela é preso a poucos dias da eleição

Apoiando a candidatura de Edmundo González depois de ter sido impedida de concorrer, María Corina Machado acusou o regime Maduro de tentar deixá-los "sem proteção" perto do pleito

Líder de oposição venezuelana, María Corina Machado, durante discurso no estado de CaraboboLíder de oposição venezuelana, María Corina Machado, durante discurso no estado de Carabobo - Foto: Gabriela Oraa / AFP

Milciades Ávila, ex-policial e chefe de segurança da líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi preso em casa na madrugada desta quarta-feira.

A ação acontece a menos de duas semanas das eleições presidenciais, marcadas para 28 de julho, na qual a frente opositora é representada pelo diplomata Edmundo González, que substituiu a candidatura de María Corina depois da sua inabilitação pela Justiça chavista.

María Corina responsabilizou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pela "integridade física" de Ávila e de outros membros da sua campanha que, segundo ela, foram "sequestrados pelo regime".

As autoridades policiais justificaram a prisão alegando que Ávila praticou "violência de gênero contra mulheres" que tentaram atacar a líder opositora e o presidenciável no sábado.

"Esta manhã (Milciades Ávila) foi sequestrado pelo regime acusado de violência de gênero contra algumas mulheres que no sábado passado tentaram atacar Edmundo e eu no (restaurante) La Encrucijada [...] há dezenas de testemunhas e vídeos que mostram que esse ato foi uma provocação planejada para nos deixar sem proteção 11 dias antes de 28 de julho", escreveu o líder da oposição no X.

Segundo María Corina, Ávila fazia parte da equipe há 10 anos e a acompanhava em eventos de campanha ao redor do país, arriscando "sua vida para me defender".

Ela acusou Maduro de usar "da violência e da repressão" como arma de sua campanha, denunciando à comunidade internacional o aumento da repressão às vésperas do pleito.

"Estou fazendo um ALERTA para o mundo sobre a escalada da repressão de Maduro contra aqueles que trabalham na campanha ou nos ajudam em qualquer parte do país", acrescentou María Corina.

Segundo a líder da oposição, outros 24 membros de sua equipe foram sequestrados e presos pelo governo de Maduro.

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