Chega à França jornalista ex-refém de extremistas na África Ocidental
Olivier Dubois foi mantido cativo por quase dois anos
Após ser mantido em cativeiro durante quase dois anos por jihadistas na África Ocidental, o jornalista libertado Olivier Dubois chegou nesta terça-feira (21) à França, onde foi recebido pelo presidente Emmanuel Macron e por seus familiares — acompanhou a AFP.
Vestido com uma camisa de mangas compridas e calça preta, com uma mochila no ombro, Dubois apareceu muito sorridente e em boa forma na base militar de Vélizy-Villacoublay, ao sudoeste de Paris, após um voo de cinco horas, procedente de Niamei.
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A aliança jihadista Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos, ligada à Al Qaeda, sequestrou Dubois, de 48 anos, em 8 de abril de 2021 em Gao, no norte do Mali, país da África Ocidental onde residia desde 2015.
Na segunda-feira (20), ele reapareceu no aeroporto da capital do Níger, junto com o americano também libertado Jeffery Woodke, um colaborador humanitário sequestrado neste último país em 14 de outubro.
“Me sinto cansado, mas estou bem”, declarou o jornalista, visivelmente emocionado, ao descer do avião em Niamei.
"É incrível, para mim, estar aqui, livre", acrescentou.
A região do Sahel, onde fica o Níger, costuma ser palco de sequestros de ocidentais por grupos jihadistas. Seus ataques já deixaram centenas de mortos.
Embora as circunstâncias das libertações sejam desconhecidas, tanto a França quanto os Estados Unidos agradeceram às autoridades nigerianas pela ajuda.
O repórter, que colaborava com os meios de comunicação franceses Libération e Le Point, foi o último cidadão francês feito refém por uma organização não estatal, após a libertação, em outubro de 2020, de Sophie Pétronin. Ela também foi sequestrada no Mali.