SAÚDE

Chega a seis o número de mortos pela febre maculosa no estado de São Paulo

Mulher que participou de mesmo evento que outras duas vítimas teve diagnóstico positivo

Carrapato estrela, transmissor da febre maculosaCarrapato estrela, transmissor da febre maculosa - Foto: Divulgação/PBH

O Instituto Adolfo Lutz confirmou nesta terça-feira (13) outra morte causada por febre maculosa em Campinas, em São Paulo, após o anúncio da morte da dentista Mariana Giordano, de 36 anos pela mesma doença nesta segunda, e do piloto Douglas Costa, namorado dela. Segundo a Secretaria da Saúde de São Paulo, a outra vítima é uma jovem de 28, que não teve a identidade revelada.

Segundo o G1, a vítima teve febre, cefaleia, choque e crise convulsiva logo após o início dos sintomas, no dia 3 de junho, sendo internada no dia 7 e indo a óbito no dia 8. Com o novo óbito confirmado, chega a seis o número de mortos pela doença no estado de São Paulo. Ainda há o caso de uma adolescente, que estava na mesma festa, internada em um hospital de Campinas sob investigação.

Os três haviam apresentado sintomas da doença após participarem de um evento na Fazenda Santa Margarida, interior de Campinas.

"Os responsáveis pela fazenda foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa. Essa informação é imprescindível para que a pessoa adote comportamentos seguros ao frequentar estes espaços e também para que, após frequentar, se apresentar sinais e sintomas, informe o médico e facilite o diagnóstico. Nos próximos dias, técnicos do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) farão uma pesquisa para verificar como está a infestação de carrapatos (pesquisa acarológica) no espaço", diz a secretaria de Campinas em nota.

O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença causada pela infecção por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas pela picada do carrapato-estrela. Ela chama atenção devido à alta letalidade. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) paulista, em 2022 foram 62 casos em São Paulo, dos quais 44 morreram – 74,6%. Outros três casos não foram enquadrados como de cura, porém foram ignorados no levantamento.

O estado é o que contabiliza o maior número de casos e óbitos da doença a cada ano no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. O impacto é desproporcional à população – em 2021, por exemplo, o número de diagnósticos foi cinco vezes maior do que o registrado no Rio de Janeiro, embora o total de habitantes em São Paulo não chegue a ser o triplo do estado fluminense.

Além disso, no país, os dados da pasta mostram que, no ano passado, foram 190 casos e 70 mortes, uma letalidade geral de 36,8%, bem abaixo da observada em São Paulo. Os diagnósticos ocorrem principalmente nas regiões Sudeste e Sul, sendo extremamente raros os registros nos demais estados. Já os óbitos são praticamente todos concentrados em SP, ES, RJ e MG.

Quais os sintomas da febre maculosa?
O casal morreu pouco depois de ambos terem sido internados com picadas de inseto, febre, dores de cabeça e manchas avermelhadas no corpo. Os sinais tiveram início cinco dias antes do óbito. A diretora do Devisa, Andrea von Zuben, informa que o principal sintoma da doença é de fato a febre alta.

“Por isso é importante que o médico sempre pergunte ou que o paciente relate que esteve em área de vegetação com presença de carrapato ou capivara. Com esse histórico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, diz em nota.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da febre maculosa são:

Tratamento da febre maculosa

O tratamento é feito com antibióticos, que devem ser iniciados imediatamente após o diagnóstico. Ele dura geralmente sete dias e, em muitos casos, é necessária a internação. A demora para iniciar a terapia, ou a não utilização dos medicamentos, aumenta o risco já alto de óbito. 

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