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Chikungunya: casos da doença cresceram 110% neste início de ano, diz Ministério da Saúde

Os maiores percentuais de aumento foram observados na região Sudeste; participação da população é imprescindível para evitar o contágio

Mosquito Aedes AegyptiMosquito Aedes Aegypti - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O número de casos de chikungunya no Brasil aumentaram cerca de 110% até meados de fevereiro, segundo o Ministério da Saúde. O número representa mais do que o dobro de casos em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 16.971 para 35.569. Os maiores percentuais de aumento foram observados na região Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul e Sergipe também apresentaram altas.

Assim como a dengue e a Zika, a chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Entre os principais sintomas estão a febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações — diferença principal entre ela e a dengue. Na primeira a dor é mais intensa e afeta principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos.

Além delas, o paciente ainda pode apresentar dores nas costas, pelo corpo, erupções avermelhadas na pele, dores de cabeça, dor de garganta, calafrios, náuseas, vômitos e diarreias (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

O Ministério ainda divide a doença em três fases evolutivas. A primeira, chamada de febril ou aguda tem duração de 5 a 14 dias. A segunda chamada de pós-aguda tem um curso de até 3 meses e a terceira, que é a mais grave, apelidada de crônica é quando os sintomas persistem por mais de três meses após o início da doença. Em mais de 50% dos casos, a artralgia, ou seja, as dores nas articulações, tornam-se crônicas, podendo persistir por anos.

Prevenção
A participação da população para evitar os focos do mosquito é de extrema importância. O Ministério afirma que as mesmas dicas de prevenção contra a dengue valem para a chikungunya, ou seja:

Certifique que caixas d’água e outros reservatórios estejam devidamente tampados;

Retire folhas ou outro tipo de sujeira que podem gerar acúmulo de água nas calhas;

Guarde pneus em locais cobertos;

Guarde garrafas com a boca virada para baixo;

Realize limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos;

Denuncie para a Secretaria Municipal de Saúde do seu município as situações de imóveis fechados ou abandonados que possam conter piscinas ou criadouros de mosquitos. Importante deixar o Agente de Saúde visitar o imóvel;

Se apresentar sintomas compatíveis, procure um serviço de saúde.

Tratamento
Até o momento, não há tratamento antiviral específico para a doença. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação. O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas, que em geral, desaparecem após a fase aguda da doença, no entanto, em alguns casos, as dores nas articulações podem persistir por meses e até anos. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica e evitar a automedicação.

O diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.

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