Saúde

Chikungunya: risco de morte continua até três meses após o início dos sintomas, diz estudo

Os resultados mostraram evidências sobre o risco aumentado de mortalidade natural, e também um risco associado com outras doenças

Mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. Mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya.  - Foto: NIAID

Um estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet Infectious Diseases mostrou que o risco de morte por chikungunya persiste mesmo após o período agudo da doença. Ao utilizar uma amostra da população brasileira entre 2015 e 2018, a principal evidência da pesquisa, segundo um dos pesquisadores, Thiago Cerqueira, “foi mostrar a persistência do risco de óbito após a chikungunya em até três meses do início dos sintomas, indo além da fase aguda da doença, que são os primeiros 14 dias”.

Trabalhos anteriores avaliaram as complicações após a infecção e apresentaram o risco de gravidade quando associados com a presença de outras condições crônicas, principalmente a diabetes. Outros estudos investigaram o excesso de mortalidade causada pelas complicações da doença. Entretanto, não foi encontrado estudos de comparação de risco de morte entre pessoas expostas ou não ao vírus.

O novo trabalho investigou o risco de morte de pessoas infectadas por chikungunya durante dois anos após os primeiros sintomas da doença. Os resultados mostraram evidências sobre o risco aumentado de mortalidade natural, e também um risco aumentado de morte associado com outras doenças dentro de 84 dias após o início dos sintomas.

Thiago ressalta que “geralmente, a característica mais marcante da chikungunya é dor nas articulações, sendo muitas vezes a única condição considerada pelos profissionais de saúde. A pesquisa revela e quantifica complicações possíveis após a doença, indicando a necessidade de um olhar mais atento frente aos casos da doença”, observou.

Ele também alerta para a importância de não esquecer das outras doenças transmitidas pelo Aedes, em especial a a chikungunya, cujos casos também tem apresentado aumento em diversas cidades no país. Os números não são tão expressivos quanto os da dengue, mas também crescem. O estado de São Paulo, por exemplo, enfrenta um aumento de 26% no número de infecções.

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