Chile avança no desconfinamento de Santiago, mas casos de Covid-19 continuam altos no sul
Na capital, onde vivem 7,1 dos 18 milhões de habitantes do país, apenas duas comunas, Renca e Paine, ficarão em quarentena a partir da próxima segunda-feira (28)
O Chile estendeu o desconfinamento a oito comunas de Santiago, incluindo Puente Alto, a mais populosa do país, embora o número de casos de Covid-19 no sul continue preocupando as autoridades.
Com cerca de 650.000 habitantes, Puente Alto, no sudeste de Santiago, finalmente sairá de sua longa quarentena na madrugada da próxima segunda-feira (28), após reduzir seus casos ativos para menos de 600, número que ultrapassou 3.000 em julho.
Comunas da Região Metropolitana de Santiago também vão avançar para a chamada fase de transição, a segunda etapa das cinco que inclui o plano de relaxamento das restrições.
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Na capital, onde vivem 7,1 dos 18 milhões de habitantes do país, apenas duas comunas, Renca e Paine, ficarão em quarentena a partir da próxima segunda-feira. O relaxamento começou há seis semanas. De acordo com o último relatório do Ministério da Saúde, nos últimos sete dias houve uma queda de 13% nos casos confirmados de Covid-19.
O país registrou 449.903 infecções e 12.345 mortes por coronavírus desde o primeiro caso relatado em 3 de março. O número supera 16.000 se as mortes suspeitas forem consideradas. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.372 novas infecções e 24 óbitos.
O sul do Chile no entanto, principalmente na cidade de Punta Arenas, possui o maior índice de casos ativos do país.
“Expressamos preocupação como Governo do Chile com relação a esta região tão atingida pelo coronavírus”, disse o Ministro da Saúde, Enrique Paris. Sua subsecretária, Paula Daza, afirmou que nos últimos dias houve "uma diminuição no número de novos casos" na área.
No norte, sete comunas também vão sair da quarentena, incluindo Antofagasta, La Serena e Coquimbo.
Também a partir de segunda-feira, viagens inter-regionais serão permitidas para cidades onde não há confinamento, mas com autorização prévia.
O plano inclui ainda a abertura de restaurantes e bares em espaços abertos e com capacidade reduzida além de grandes centros comerciais.
Depois de enfrentar um pico de contágios em maio e junho, o Chile reduziu as novas infecções, que se estabilizaram em cerca de 1.800 casos diários por dois meses.
Essa redução levou o país do quarto lugar em número de infecções no mundo para a décima-segunda posição, segundo a americana John Hopkins University.
Apesar da melhoria, as autoridades prorrogaram até 15 de dezembro o estado de emergência, que inclui toque de recolher noturno e fechamento de fronteiras.