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DIPLOMACIA

Chile fecha seus consulados na Venezuela após suspensão de relações

"O governo chileno lamenta essa situação, que afeta milhares de cidadãos chilenos na Venezuela e cidadãos venezuelanos que precisam de atenção consular", disse o Ministério das Relações Exteriores.

O presidente da Venezuela, Nicolás MaduroO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Foto: Federico Parra/AFP

O Chile anunciou, nesta sexta-feira (31), que estava fechando seus consulados na Venezuela por exigência do governo de Nicolás Maduro, após a suspensão das relações diplomáticas entre os dois países.

“A Venezuela solicitou aos consulados chilenos em Caracas e Puerto Ordaz que cessassem seus serviços consulares, como consequência da suspensão das relações diplomáticas entre os dois países”, anunciou o Ministério das Relações Exteriores do Chile em um comunicado.

Ambos os consulados, os únicos que operam em território venezuelano, serão “fechados e não estarão abertos ao público”, acrescentou.
 

O regime venezuelano solicitou essa medida na última quarta-feira, disse o Ministério das Relações Exteriores do Chile em um comunicado.

“O governo chileno lamenta essa situação, que afeta milhares de cidadãos chilenos na Venezuela e cidadãos venezuelanos que precisam de atenção consular”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Cerca de 12.000 chilenos vivem na Venezuela, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Chile.

Enquanto isso, no Chile, cerca de 730.000 venezuelanos vivem atualmente, de acordo com dados oficiais, o que os torna o maior grupo de estrangeiros residentes no país.

A tensão entre Santiago e Caracas só aumentou desde que Maduro proclamou sua reeleição em julho de 2024, em eleições que o Chile descreve como fraudulentas.

No início de janeiro, o Chile encerrou a missão de seu embaixador em Caracas, depois que ele foi expulso da Venezuela junto com diplomatas de outros seis países.

Além disso, há o caso do assassinato no Chile, no ano passado, do ex-militar e dissidente venezuelano Ronald Ojeda.

Na semana passada, a promotoria chilena disse que uma testemunha da investigação apontou Diosdado Cabello, ministro e número dois do governo chavista, como o mandante do crime.

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