Chile prepara funeral de Estado do ex-presidente Piñera
Corpo do ex-presidente de direita viajará de Valdivia, 850 km ao sul de Santiago, para a capital em um avião da Força Aérea
O cortejo fúnebre do ex-presidente chileno Sebastián Piñera, que morreu na terça-feira (6) quando o helicóptero que pilotava caiu no Lago Ranco, partiu nesta quarta-feira (7) sob aplausos da cidade de Valdivia, no sul do Chile, que se prepara para três dias de funeral de Estado.
O corpo do ex-presidente de direita (2010-2014 e 2018-2022) viajará de Valdivia, 850 km ao sul de Santiago, para a capital em um avião da Força Aérea, acompanhado de sua viúva, Cecilia Morel, filhos, netos e uma irmã, que estava de férias com Piñera em um lugar cercado por florestas próximo ao imenso lago, localizado a cerca de 70 km mais ao sul.
Em Santiago, o caixão será recebido pelo presidente de esquerda Gabriel Boric. O cortejo seguirá então para a sede do Congresso Nacional, local do velório do ex-presidente.
"Provavelmente esta tarde, em horário que será informado oportunamente, as portas do Congresso se abrirão para que aqueles que desejam prestar homenagem ao presidente possam fazê-lo", explicou o ministro das Relações Exteriores, Alberto Van Klaveren, em coletiva de imprensa.
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O chanceler chileno acrescentou que as cerimônias fúnebres são obrigatórias até sexta-feira, quando o caixão será levado até a Catedral Metropolitana para a celebração de uma missa com a presença “dos líderes ou presidentes estrangeiros que desejam participar do funeral”, indicou.
Por enquanto, não se sabe os nomes dos líderes estrangeiros que viajarão ao Chile para se despedir de Piñera na sexta-feira.
O ex-presidente, de 74 anos, mal havia decolado com seu presidente - uma de suas maiores paixões - depois de almoçar com amigos. Ele viajou com sua irmã Magdalena Piñera, seu amigo e empresário Ignacio Guerrero e o filho deste último, Bautista Guerrero, quando ocorreu o acidente.
Os outros três passageiros sobreviveram praticamente ilesos.
O Ministério Público investiga as causas do acidente ocorrido em um dia chuvoso, com vento e nebulosidade específica. Segundo o relato de um amigo próximo presente no local, especula-se que Piñera passou mal um pouco antes da queda e foi o único tripulante que não conseguiu soltar o cinto de segurança neste lago de águas turbulentas e profundas.