america latina

Chile protesta contra a Venezuela por negar a existência do "Trem de Aragua"

"El Tren de Aragua" é uma facção criminosa criada na Venezuela em 2014

O presidente do Chile, Gabriel Boric O presidente do Chile, Gabriel Boric  - Foto: Presidência do Chile/Reprodução

O presidente chileno, Gabriel Boric, chamou seu embaixador em Caracas para consultas em protesto contra as declarações do ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, que negou a existência da organização criminosa internacional "Trem de Aragua".

"As declarações irresponsáveis do ministro das Relações Exteriores da Venezuela (...) são profundamente preocupantes e específicas um grave insulto àquelas que foram vítimas dessa organização", disse Boric nesta quinta-feira (11) em um evento em Santiago.

'Tren de Aragua' é uma facção criminosa criada na Venezuela em 2014, cujos tentáculos se expandiram desde 2018 para outros países da América Latina, como Colômbia, Peru e Chile.

A troca de farpas mais recente entre autoridades chilenas e venezuelanas começou na segunda-feira desta semana, quando Gil disse que "a 'Tren de Aragua' é uma ficção criada pela mídia internacional para tentar criar um rótulo inexistente".

"Vimos, por exemplo, como aparecem vídeos ridículos de pessoas dizendo 'somos da Tren de Aragua', com sotaque peruano, com sotaque chileno", disse Gil diante de seu colega colombiano, Luis Gilberto Murillo, em uma reunião bilateral na cidade colombiana de Cúcuta.

Diante das críticas das autoridades chilenas, Gil reiterou na terça-feira que "a luta contra o flagelo do crime não pode se basear na criação de uma narrativa falsa" e que "rótulos de gangues criminosas foram criados com o único propósito de enlamear o povo venezuelano e seu governo".

Boric disse nesta quinta-feira (11) que tais declarações demonstram “uma falta de compromisso com a necessidade de cooperação internacional em matéria de segurança” e “uma recusa em lidar eficazmente com os problemas transnacionais do crime organizado”.

O presidente chegou a afirmar que “a Venezuela não está colaborando com os países do sul (...) e não assume responsabilidade por essa situação”. Ele enfatizou que o faz com os Estados Unidos: "Aceita expulsões dos Estados Unidos para a Venezuela".

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