Vacinação

Chile vacinará com Pfizer menores de 45 anos que tomaram 1ª dose da AstraZeneca

A medida preventiva foi estabelecida após um jovem de 31 anos apresentar um quadro de trombose e trombocitopenia no início de junho após receber a vacina

Vacina da PfizerVacina da Pfizer - Foto: Thomas Lohnes/AFP

O Chile anunciou, nesta segunda-feira (14), que menores de 45 anos que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 receberão na segunda dose o imunizante da Pfizer-BioNTech, após um caso de trombose detectado no país.

A medida preventiva foi estabelecida após um jovem de 31 anos apresentar um quadro de trombose e trombocitopenia no início de junho após receber a vacina. Maiores de 45 anos, porém, seguirão recebendo a segunda dose da AstraZeneca.

“É uma medida preventiva e de precaução enquanto são coletadas mais informações (...) Devido a alguns efeitos adversos verificados, obviamente isolados. Mas como medida de precaução, como fizeram outros países, tem-se preferido completar o processo de vacinação com a vacina da Pfizer”, afirmou a vice-secretária de Saúde Pública, Paula Daza, durante a apresentação do relatório diário sobre a pandemia.

A funcionária explicou que outros países, como a Espanha, já fizeram esta mistura com resultados satisfatórios, apesar das vacinas possuírem tecnologias diferentes, conforme confirma um estudo da CombivacS.

O Chile está em um processo avançado de vacinação, com 11,4 milhões de pessoas inoculadas com pelo menos uma dose (75,8%), mais de 9 milhões com duas doses (59,2%), de uma população-alvo de mais de 15,2 milhões do total de 19 milhões habitantes do país.

Até agora o Chile recebeu doses da Sinovac (17,1 milhões), Pfizer-BioNTech (4,5 milhões), AstraZeneca (693,6 mil, por meio da Covax) e CanSino (300 mil), somando um total de 22,7 milhões de doses.

Também foi aprovada para uso emergencial a vacina Janssen, da Johnson & Johnson, que chegará pelo mecanismo internacional Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Junto com a imunização bem-sucedida, o país sul-americano mantém um alto índice de infecções (cerca de 7 mil novos casos e 100 mortes diárias), ultrapassando 1,4 milhão de infecções e mais de 30 mil mortes desde o início da pandemia.

A ocupação dos leitos de UTI é de 96% em nível nacional e pelo menos 11 milhões de habitantes estão sob regime de confinamento, exceto aqueles que já completaram sua vacinação e possuem passe especial para deslocamentos diurnos dentro de sua comuna (município), já que ainda está em vigor um toque de recolher noturno.

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