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China acusa EUA de "provocação" por incidente aéreo

O incidente aumentou a tensão entre a China e os Estados Unidos, que enfrentaram uma crise pelas divergências sobre Taiwan

Piloto de caça J-16 da China voando perto de um RC da Força Aérea dos EUA Piloto de caça J-16 da China voando perto de um RC da Força Aérea dos EUA  - Foto: Apostila / DVIDS / AFP

O governo da China denunciou uma "provocação" dos Estados Unidos, depois de um incidente na semana passada entre uma caça chinesa e um avião militar de vigilância americano sobre o Mar da China Meridional.

"Um avião de reconhecimento RC-135 entrou deliberadamente em nossa área de treinamento", afirmou em um comunicado Zhang Nandong, porta-voz militar chinês.

Em resposta, a China invejou os aviões para acompanhar e vigiar a aeronave americana, de acordo com as normas", acrescentou o porta-voz.

"Este tipo de atividade perigosa e de provocação é a causa dos problemas de segurança no mar", declarou Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

Ela disse que Washington "deve parar de maneira imediata com esta forma de provocação perigosa".

O Pentágono informou na terça-feira (30) que o piloto de uma caça chinesa fez uma "manobra desnecessariamente agressiva" próximo de um avião de vigilância americano que sobrevoava o Mar do Sul China na sexta-feira (26) da semana passada.

O incidente aumentou a tensão entre a China e os Estados Unidos, que enfrentaram uma crise pelas divergências sobre Taiwan e após a detecção de um suposto balão espião chinês derrubado após sobrevoar o território americano este ano.

Para a diplomacia chinesa, o "envio frequente e por períodos prolongados de navios e aviões americanos para atividades de vigilância perto da China prejudicam a soberania e a segurança nacional".

"A China continua adotando as medidas necessárias para proteger de maneira firme sua soberania e segurança", acrescentou a porta-voz da diplomacia chinesa.

O Comando Indo-Pacífico (INDOPACOM) dos Estados Unidos informou na terça-feira que um avião chinês "voou diretamente à frente" e a menos de 400 pés (120 metros) de um RC-135, o que deixou um avião americano diante de uma série de turbulências.

"O RC-135 estava conduzindo operações seguras e de rotina sobre o Mar da China Meridional, no espaço aéreo internacional, em conformidade com o direito internacional", acrescentou o INDOPACOM.

Um vídeo que teve o sigilo retirado mostra um avião de combate passando à frente da aeronave americana, que balança após a turbulência.

O Pentágono anunciou na segunda-feira (29) que Pequim preparou um convite do secretário de Defesa americano, Lloyd Austin, para uma reunião esta semana com seu homólogo chinês, Li Shangfu, em Singapura.

 

 

 

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