China critica EUA e ampliação da Otan em crise sobre a Ucrânia
A critica foi feita pelo embaixador chinês na ONU, Zhang Jun
A China acusou nesta quinta-feira (17) os Estados Unidos, embora sem mencioná-los, de alimentar a tensão sobre a Ucrânia, segundo Pequim, pela ampliação da Otan, que "vai contra a nossa época", no âmbito de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
Pequim apela a "todas as partes afetadas" a que "impere a razão e tendam a uma solução política e se abstenham de qualquer ato que possa exacerbar as tensões ou alimentar a crise", declarou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun.
"Nada acontece sem uma razão. A ampliação da Otan é algo que não se pode esquecer nas tensões com a Ucrânia. A expansão constante da Otan, no rastro da Guerra Fria, vai contra a nossa época", que deveria tender a "preservar a segurança comum", acrescentou o diplomata chinês.
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"A segurança nacional não pode ser garantida mediante a ampliação de um bloco militar. Isto se aplica tanto à Europa quanto a outras regiões do mundo", assegurou Zhang Jun.
Ao se referir implicitamente aos Estados Unidos, o diplomata destacou que o mundo conta com "um país que se nega a renunciar à sua mentalidade da Guerra Fria, que diz uma coisa e faz outra para obter uma superioridade militar".
Isto se vê, segundo ele, sobretudo na "região Ásia-Pacífico com a criação de pequenos círculos trilaterais que pretendem provocar confronto" e "ameaçam a estabilidade regional em detrimento dos países que a integram", em clara alusão ao pacto recentemente concluído entre os Estados Unidos, a Austrália e o Reino Unido.