China determina confinamento de milhões de moradores de áreas próximas a Pequim
Os moradores das cidades de Chengde e Xinle, na província de Hebei, devem permanecer em suas residências até o fim de semana para evitar um surto da doença
Quase quatro milhões de habitantes da província ao redor da capital Pequim iniciaram um confinamento nesta terça-feira (30), em uma tentativa das autoridades de frear qualquer avanço da Covid-19 antes de uma grande reunião política do Partido Comunista da China.
Os moradores das cidades de Chengde e Xinle, na província de Hebei, devem permanecer em suas residências até o fim de semana para evitar um surto da doença.
E mais de 13 milhões de habitantes do município de Tianjin, ao norte e que tem divisa com Pequim, serão submetidos a exame de PCR após a detecção de mais de 80 casos de Covid-19 em dois dias.
A China é a única das principais economias do mundo que mantém uma estratégia de contenção da Covid que inclui confinamentos severos e quarentenas.
Leia também
• Covid-19: Brasil registra 128 mortes e 12,4 mil casos em 24h
• Tontura é um dos principais sintomas relatados pós Covid-19; ouça entrevista sobre o tema
• Pernambuco registra sete mortes e 55 novos casos de Covid-19 nesta segunda (29)
As autoridades decretam confinamentos localizados, determinam a obrigatoriedade de exames de PCR a cada 48 ou 72 horas e quarentenas para pessoas que se deslocam dentro da província.
Esta política tem graves consequências para a economia e não deve ser flexibilizada antes do 20º Congresso do Partido Comunista da China, que deve acontecer nos próximos três meses.
No evento, o presidente chinês Xi Jinping deve obter uma confirmação para o terceiro mandato como secretário-geral do partido, exceto em caso de uma mudança muito improvável.
A política de saúde no país - que Xi defende de maneira veemente - adquiriu um caráter extremamente político e qualquer oposição frontal às medidas anticovid pode ser considerada um questionamento ao regime comunista.