China e Alemanha rejeitam uso de arma nuclear na guerra da Ucrânia
O chanceler alemão fez uma visita a Pequim nesta sexta- feira (4), onde se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping.
Alemanha e China concordaram em rejeitar qualquer uso de arma nuclear no contexto da guerra na Ucrânia – informou o chanceler alemão, Olaf Scholz, nesta sexta-feira (4), após uma visita a Pequim.
"A guerra na Ucrânia cria uma situação perigosa para o mundo inteiro (...) e na China todos sabem que uma escalada teria consequências para o mundo inteiro", declarou à imprensa.
Leia também
• Papa defende unidade contra lógica de "blocos opostos"
• Turquia e Rússia entregarão "gratuitamente" cereais na África, diz Erdogan
• Capital da Índia fecha escolas por poluição
"Esta é a razão pela qual foi muito importante para mim (...) dizer claramente que uma escalada" da guerra "na forma do uso de uma arma nuclear tática deve ser excluída, e estou feliz que, neste assunto pelo menos, chegou-se a um acordo", completou.
Scholz fez uma visita de um dia a Pequim nesta sexta, onde se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping.
Embora a China seja oficialmente neutra no conflito ucraniano, o Ocidente critica o apoio tácito a Moscou.
Os Estados Unidos se mostraram, esta semana, "cada vez mais preocupados" com um possível ataque nuclear da Rússia.
Na terça-feira (1º), o ex-presidente russo e atual número dois do Conselho de Segurança, Dmitri Medvedev, evocou mais uma vez o uso de armas nucleares.
A vontade ucraniana de recuperar todos os territórios ocupados "ameaça a existência do nosso Estado" e oferece "uma razão direta" para usar "meios de dissuasão nuclear", declarou.
Vladimir Putin também fez alusão à bomba atômica em um discurso televisionado em 21 de setembro.
A Rússia, por sua vez, acusou a Ucrânia de se preparar para usar "bombas sujas" contra suas tropas.